Ao longo da terça - feira, dia 29 de novembro de 2016 acompanhamos a todo instante, as notícias dessa, que se tornou a maior tragédia envolvendo catarinenses e entre eles, além dos atletas, dirigentes e técnicos da Chapecoense, nossos colegas de profissão.
Por mais que não os conhecêssemos, uma perda como essa mexe com qualquer pessoa, por mais insensível que seja. Realmente é triste saber que muitos filhos irão crescer sem a presença dos pais, que esposas não terão mais seus companheiros ao lado, que as mães e pais terão que se despedir de seus filhos de uma forma que nunca imaginaram dar  adeus.
Foram 71 vidas ceifadas pela queda de um avião que levava-os para um voo mais alto, o voo da possível vitória, da possível realização de um sonho e trazer aos brasileiros e, principalmente aos catarinenses, a alegria de um título, a alegria da vida. Mas quis o destino que o sonho se apagasse, como o apagar de uma vela. Quis o destino que há poucos quilômetros do local de chegada, o pior acontecesse e quis o destino que o título de campeões fosse gritado com um nó na garganta por seus torcedores.
Provavelmente muitos deles não realizaram a metade dos sonhos que desejavam, muitos deles não abraçaram os entes queridos da forma como gostariam e talvez muitos deles esperavam um outro dia para resolver os problemas que estavam pendentes. Talvez a esposa gostaria de dar um beijo e um carinho e não o fez, o pai e a mãe gostariam de abençoar o filho e não fizeram, o filho, o amigo ou o colega gostaria de jogar bola ou jogar conversa fora por longos períodos e não fizeram.
O tempo passa, a vida passa e eles não terão a oportunidade de fazer diferente. E você?
Deus te concede todos os dias essa oportunidade, de fazer diferente, e o que você faz?
Continua a procura de algo que muitas vezes nem sabe o que é. Vive do mesmo modo, com os mesmos pensamentos, medos e desejos, mas sem buscar fazer ou agir diferente.
Situações assim causam tristeza e comoção, mas é um alerta para fazermos diferente, dizer que amamos, perdoar alguém, pagar aquela dívida, e simplesmente viver o hoje ao lado de quem queremos bem, pois o ontem já passou, o amanhã é uma incógnita e talvez não chegue e o que importa é o hoje, o agora.
Viva a vida, aproveite e seja feliz hoje, pois o amanhã pode não chegar, como não chegou para esses 71 irmãos que deixaram filhos, esposas, pais, mães, amigos e como o vento partiram sem ao menos dizer um até breve.