Os Caminhos da Comunicação
A partir do momento que nos tornamos conscientes de que nada na vida é para sempre, não perdemos chances expressar e valorizar o que pensamos.
A partir do momento que nos tornamos conscientes de que nada na vida é para sempre, não perdemos chances expressar e valorizar o que pensamos. Enquanto isso, aprendemos a seguir caminhos que a nós nunca foram apresentados. Damos a cara a bater e às vezes esquecemos que para toda ação há uma reação. Muitos chamam estes caminhos, pelos quais nos embrenhamos em meio a discussões, de liberdade, outros chamam de imprudência. Há ainda os que dizem que estes caminhos são frutos de rebeldia, mas na verdade eles são rotas da experiência, são as vias do conhecimento, embasadas num único conceito: comunicação. Nós, como seres críticos, somos capazes de transformar a comunicação em armas de expressão. Esquecemos a essência do ato de comunicar, que vai desde um singelo aceno ou uma poética carta, até a mais extravagante e constrangedora tele mensagem ao vivo. Transformamos este em um motivo para criar complicações com o vizinho ou com o político do partido opositor. Na comunicação usamos a liberdade de expressão de forma tão explicita que ela deixou de ser inocente em sua subjetividade e passou a ser fofoca desmedida, motivo de rinha entre cães atiçados pelo desejo de vingar a palavra dita. Medimos forças para defender nossas causas, e em meio ao êxtase da batalha, esquecemos tantas vezes que a força nem sempre basta, devemos também ter flexibilidade. O ato de comunicar nos acompanha desde os primórdios de nossa existência. Com o tempo mudamos a função da comunicação, nós a desenvolvemos e em muitos casos a fizemos regredir em civilidade; típico do ser humano. Criamos leis que garantem a liberdade de expressão, esquecemos que expressar-se é algo natural e colocamos esta ferramenta humana na balança de Thémis. Claro, aos poucos reaprenderemos que comunicar não é agredir. Relembraremos que o sentido da comunicação é transmitir, e que para melhor convivermos como seres civilizados há a diplomacia e o consenso, os caminhos mais longos, por onde tergiversar alimenta a sabedoria. Os caminhos que não são de rebeldia e imprudência, mas de críticas construtivas e soluções absolutas.
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