Para refletir após as eleições
Após o desencadeamento de ideias que levaram a escolha dos que manobrarão o país, os eleitores não devem voltar ao seu estado de aceitação.
Enquanto vivemos na correria esquecemos que vivemos em comunidade. Nós não estamos sozinhos no mundo e as pessoas a nossa volta não servem somente como companheiras de trabalho, mas também como pessoas associáveis à outras situações. Em época de eleições, devemos levar em conta a importância da discussão sobre qual o candidato mais aconselhável a assumir a cadeira presidencial, entre outras importantíssimas funções públicas. Após o desencadeamento de ideias que levaram a escolha dos que manobrarão o país, os eleitores não devem voltar ao seu estado de aceitação, escondidos em sua zona de conforto, seja ela no trabalho ou em casa. Após as eleições o que vale a pena mesmo é supervisionar, afinal neste caso nós somos os empregadores, logo devemos perceber em nossos semelhantes o sofrimento pela indiferença para que possamos fazer a justiça valer. Há tantos vestígios ignorados de que a sociedade se transformou em conformada. Não há lutas significativas pelos ideas comuns e nem vemos ao longe somente a solitária exclamação dos indignados. Faltam as sedentas almas de 80, iguais as pertencentes às multidões que foram às ruas exigir eleições diretas para presidente. Agora, o mesmo povo que lutou por seus direitos, presencia novamente as indiretas descaradas que vem dos políticos. Não falta crítica. O que realmente falta é expressão significativa, afinal o que significa a eleição de um candidato que afirma nem saber o que ele deve fazer caso se eleja, como é o caso do candidato Francisco Everardo Oliveira Silva, Tiririca, o candidato mais votado para Federal em todo o Brasil. Não podemos ignorar que muitos desses votos foram em protesto, afinal como o próprio candidato falava, "Pior que ta não fica", o que é uma grande mentira. A democracia tanto querida deixou de ser um direito e passou a ser uma obrigação, e nada que se é feito a força pode ser considerado democrático. Em cada cidadão existe a vontade de mudar o mundo em que vive, mas não há a coragem de enfrentar e organizar o processo de mudança. Lembre-se sempre leitor: assim como colocamos no poder determinada pessoa, podemos tirá-la de lá, basta sermos unidos e formarmos realmente o conceito de democracia. Defendemos a união em prol da sociedade e indicamos a sociedade como "hall" à união. Enquanto sozinhos somos uma gota, seja ela de sangue, angústia ou de vida, juntos somos tão poderosos e abrangentes quanto o mar movimentados pelos ventos promissores soprados pelos ideais de igualdade.
Deixe seu comentário