As faces da política
A sala da justiça receberá novos ?bibelôs? a partir do dia primeiro de janeiro.
De dois em dois anos, uma multidão indecisa é obrigada a decidir o futuro da nação. As campanhas políticas e os desiguais horários políticos que a televisão transmite, são insuficientes para fazer o povo, descontente com a situação nacional, decidir com clareza a quem favorecer com seu voto, se será mais um político corrupto ou se será a si mesmo e a sua nação como deve ser, afinal nesse jogo de estratégia nosso voto é o cavalo que dá xeque-mate no rei, ou na rainha.
Em época de eleição e também fora dela, não são poucos os humoristas que vemos satirizando a candidatos e divertindo a nação ingênua às custas de seus atos passados como eleitores. Ultimamente, uma ainda insignificante parcela da nação vem deixando de lado a visão de humor apenas como distração, e embora alimentados pelas numerosas bolsas de auxílio do governo, esquecem a artimanha romana conhecida como política do pão e circo, e passam a analisar criticamente as implícitas e subentendidas mensagens de crítica despertadas pelos profissionais do riso.
A população por si só está se educando, já que educação político-partidária, e qualquer outra, promovida pelo governo deixa a desejar. As campanhas políticas deveriam ser campanhas educacionais, além de apresentar os planos de governo, quando há algum plano de governo. Elas deveriam também despertar o interesse do povo em saber sempre mais sobre o desenvolvimento político do país.
E desenvolvimento político é o que os candidatos mais almejam nestes dias, afinal os últimos beijos, abraços, contato direto com o público, carreatas, bandeiraços e outras técnicas, que assemelham os candidatos a astros do "show business", estão chegando ao fim e até o último badalar, todos os primeiros, segundos e terceiros candidatos tem chance, com relação aos quartos, quintos, sextos... Esses já preferimos não comentar, embora as estatísticas mintam, afinal os números que elas trazem são insignificantes quando comparados a grandiosidade da população, as estatísticas de intenção de voto, por exemplo, são calculadas por amostragem, assim uma pequena parcela da população dá a sua opinião. Além do mais, as urnas chegam onde nem as estatísticas, nem os políticos estão chegando. Há eleitores votando no escuro.
Enfim, chegou a hora de esquecer a individualidade e pensar no desenvolvimento comum, afinal não fazemos política sozinhos e nem há nação formada por apenas um.
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