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Quando a água chega ao pescoço

Ficamos apenas no vago conceito de: a maior tragédia natural que o Brasil já viu.

Já são mais de 700 mortos no estado do Rio de janeiro, milhares de famílias desabrigadas, dezenas se não centenas de crianças órfãs, e incontáveis momentos de medo e terror. Nem sempre os números são exatos, por isso não podemos calcular a grandiosidade de uma tragédia como a do Rio. Ficamos apenas no vago conceito de: a maior tragédia natural que o Brasil já viu.

Assim como em Blumenau no ano de 2008, muitas vidas poderiam ter sido livradas da morte, com políticas pesadas de policiamento de construções e planejamento urbano, mas parece que estas medidas não tem sido tomadas por algum motivo que aparentemente está sendo julgado como mais importante do que as vidas que poderiam ter sido salvas.

Em matéria exibida pelo Jornal Nacional no dia 17 de janeiro, foi apresentado um documento destinado às nações unidas pelo governo brasileiro, no qual se admite que nosso sistema de prevenção e atendimento em catástrofes vive um "despreparo" e em 25% das cidades ele não existe. A defesa civil, em muitos casos, é ineficiente e deixa a população desprovida de bom atendimento. A sorte do povo brasileiro é que somos milhões de boas almas voluntárias prontificadas a ajudar, embora entre esses milhões haja algumas centenas de corruptos que podem por quase tudo a perder.

Somos um país tropical, naturalmente passamos problemas naturais que são de características tropicais e que já deveriam ser bem conhecidos de todos, como por exemplo as fortes chuvas no verão, mas o que chamamos de problemas não deveriam ser assim encarados se tivéssemos noções básicas de segurança e autopreservação.

Uma nação em desenvolvimento deve ter uma mente desenvolvida com relação ás noções básicas de sobrevivência, políticas de prevenção e atendimento específicos para situações como estas já deveriam existir e estar fortemente alicerçadas nos planos governamentais, afinal não e a primeira vez que vemos os sustentadores da nação, ou seja a própria nação, morrer por negligência em situações que se assemelham a esta pela qual passam as cidades serranas do Rio de Janeiro. Precauções precisam ser tomadas para que o país não deixe de ser emergente e passe a submergir em água suja.

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