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Respeito em primeiro lugar

É cada dia mais alarmante os dados apresentados pela polícia, pela imprensa e pela sociedade com relação ao número de mortes de mulheres, na sua grande maioria por seus parceiros, ou ex-parceiros. Muitas vezes, o fim de um relacionamento se torna um filme de terror para uma mulher, seus filhos e familiares.

Segundo estudos, de cada 100 mulheres assassinadas no mundo, 35 são mortas pelos parceiros que as menosprezam, as humilham pelo simples fato de serem mulher ou por não aceitarem o fim de um relacionamento.

Há quatro anos foi criada no Brasil, a lei classificando a morte por feminicídio: quando a mulher é morta por ser mulher. Porém, esta lei não garante o fim de casos que envolvem mortes de mulheres, como a que aconteceu no final de semana no município de Campo Belo do Sul. O fim do relacionamento, a busca por dias melhores, pela libertação talvez de uma relação abusiva, ou simplesmente porque a relação entre o casal não deu mais certo, muitas vezes não é aceita pelo parceiro e o fim se torna trágico. Hoje existe a medida protetiva, a polícia busca dar respaldo as mulheres que procuram essa proteção, porém, a maior fiscal dessa medida é a vítima, a polícia não pode ficar 24h por dia vigiando e é ela e seus familiares que precisam ajudar a polícia no cumprimento da lei por parte do agressor.

Muitas vezes a mulher sofre calada e essas agressões podem até não levar a morte, mas as humilhações, o autoritarismo, a visão do homem diante de situações de ciúmes, de superioridade, faz com que muitas mulheres vivam o medo diário, passem os dias servindo seus parceiros e tenham uma relação regida pela insegurança.

Mulher deve ser tratada com respeito, com igualdade e o homem tem que aprender a valorizar, seja em casa, no trabalho, no restaurante, no bar, dentro do ônibus, afinal, mulher é ser humano, tem sentimentos e busca lutando a cada dia ter a mesma importância que um ser do sexo masculino.


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