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Será que Freud explica essa?

 

Ele entrou, foi à sala da oitava série, sorriu, atirou e vitimou inocentes com tiros na cabeça das crianças. Depois, provavelmente cansado, matou-se.

A forma como fatos lastimáveis como este podem ser percebidos em várias partes do mundo, leva-nos a pensar sobre como podemos evitar tais situações.

Poderíamos justificar atos inumanos como este de forma simples, como fez a princípio o correspondente do The New York Times em nosso país ao dizer que "a violência urbana não é estranha ao Brasil". Realmente, violência urbana não nos estranha, mas com com certeza um fato destes não é comum nem nos mais sanguinários países que vivem em guerrilhas boçais.

A real compreensão do fato ainda não existe, afinal a violência urbana não é estranha ao mundo. Complicado é compreender como a arrebatada mente humana pode ser capaz de ferir estranhos inocentes. Não somos capazes de formular um conceito para definir tal ação fria e minimamente calculada.

Como surgem monstros? É o que nos perguntamos. Fatores genéticos não justificam o caso, eugenia é um conceito ultrapassado. A sociedade num todo deve ter sido um agravante aos problemas psicológicos que geraram esse ser sociopata.

No livro Precisamos falar sobre o Kevin, de Lionel Shriver, a autora conta o drama de uma mãe que teve seu filho de quinze anos detido após matar onze pessoas em sua escola nos Estados Unidos. Semelhanças a parte, histórias deste tipo não são mais incomuns na América do Norte, mas no Brasil esta é a primeira vez que um fato macabro destes acontece. Agora, aconteceu, tardiamente digamos de complemento.

O ambiente escolar brasileiro não é dos mais amistosos para todos. O Bullying, ou o assédio escolar, pode marcar para sempre um indivíduo, tanto de forma física como psicológica. Estas marcas podem influenciar futuras atitudes irresponsáveis e funestas como esta, que teve uma escola do Rio como palco principal.

Não há palavras imaginavéis para explicar o que Wellington fez. Embora nada justifique o ato do assassino, sabemos que pessoas assim não nascem do dia para a noite, há a necessidade de um monitoramento por parte dos pais e da escola ao perceber diferenças comportamentais nas crianças.

Na edição passada já falávamos do medo. Agora ele e a insegurança voltam a assombrar os brasileiros

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