Um jogo que não tem final vitoriosa
Modismo? Incentivo ao suicídio? Seria esse o estopim para se falar mais abertamente sobre o tema suicídio, principalmente entre adolescentes?
O fato é que o assunto "Baleia Azul" tomou conta nos últimos dias das redes sociais, rodas de amigos, escolas e até entre autoridades, que já discutem o tema que é tratado como um "Jogo suicida".
O nome aparentemente vem de uma canção da banda de rock russa, Lumen. Os versos de abertura são "por que gritar / quando ninguém ouve / o que estamos dizendo?", e a letra fala de "uma grande baleia azul" que "não consegue romper a rede".
Ao postar mensagens com determinados hashtags em redes sociais ou ao aderir a certos grupos, os adolescentes - em geral com idades dos 10 aos 14 anos - são selecionados por "curadores" que, depois de averiguar as informações do potencial participante, estabelecem listas com até 50 tarefas diárias para cada um deles, e essas tarefas culminam na missão mais importante do jogo: o suicídio.
As tarefas envolvem assumir riscos, como por exemplo que o participante se corte. Nos dez dias finais do jogo, o participante precisa acordar bem cedo pela manhã, ouvir música e pensar na morte. Os que se assustam e decidem sair do jogo recebem ameaças, em muitos casos a de que seus pais serão assassinados.
No Brasil, o assunto tomou grandes proporções tanto que escolas já realizam grupos de estudos e palestras, deputados já solicitaram apoio através de uma força - tarefa junto ao Ministro da Justiça, a fim de coibir ações que venham levar a tragédias já ocorridas de jovens que tiraram a vida e faziam parte do tal desafio.
Na Rússia o jogo já acontece desde 2015, porém indícios levam a crer que um grande problema socioeconômico e até mesmo questões familiares levam os adolescentes a tirarem a própria vida. Portanto, nunca é demais prestar atenção no que os filhos estão acessando em seus tablets e celulares, nunca é demais conversar com os adolescentes e mostrar a realidade, falar abertamente sobre o assunto e mostrar que tudo não passa de algo que está na mídia para instigar adolescentes com certos sintomas de depressão a cometerem atos contra a própria vida.
Dar valor a vida é essencial. Ver o lado bom das coisas leva a esse valor tão necessário. Que pena que a comunicação facilitada através da tecnologia tenha chegado a esse estágio.
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