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Pulseiras do sexo podem ser proibidas por lei em Santa Catarina

Preocupado com o aumento dos casos de abuso sexual registrados em várias cidades brasileiras, vitimando jovens que usam as chamadas pulseiras do sexo, o deputado Narcizo Parisotto (PTB) tomou a iniciativa de encaminhar o Projeto de Lei nº 47/10, proibindo o uso do acessório no estado.
A proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na manhã desta terça-feira (6). A medida do parlamentar teve imediata manifestação de apoio por parte do deputado Joares Ponticelli (PP), que adiantou que todos os seus colegas de bancada são favoráveis à aprovação do PL.
Ponticelli sugeriu que o assunto seja analisado e votado em Plenário ainda nesta semana, posição apoiada pelo deputado Cesar Souza Júnior (DEM). O democrata acredita ser dever do Legislativo catarinense dar uma resposta rápida a essa situação. A matéria vai passar pela análise das Comissões de Educação e de Direitos e Garantias Fundamentais.
“O episódio de Londrina, no Paraná, no qual uma menina de 13 anos, que usava as chamadas ‘pulseiras do sexo’, foi estuprada por quatro rapazes, expõe a fragilidade e o nível de preocupação que devemos ter com o assunto”, afirmou o deputado Sargento Amauri Soares (PDT). O fato também foi citado para reforçar a necessidade de adotar medidas, como a aprovação da lei.

Pulseiras do Sexo
As Pulseiras do Sexo são a nova moda entre jovens brasileiros. Feitas de silicone em várias cores, as pulseiras do sexo surgiram na Inglaterra e estão causando muita polêmica devido ao seu verdadeiro significado. Cada cor tem um ato correspondente, sempre que a pulseira é arrebentada o dono deve se submeter As pulseiras do sexo
À primeira vista, uma colorida pulseira de plástico nos pulsos de crianças parece inocente. Mas na realidade são um código para as suas experiências sexuais, onde cada cor significa um grau de intimidade, desde um abraço até ao sexo propriamente dito.
Poderia confundir-se com mais uma daquelas modas que pega, uma vez que é usado por milhares em várias escolas primárias e preparatórias e custa poucos reais. E antes fosse.
Mas as diferentes cores das ditas pulseiras de plástico – preto, azul, vermelho, cor-de-rosa, roxo, laranja, amarelo, verde e dourado – mostra até que ponto os pupilos estão dispostos a ir, desde dar um beijo até fazer sexo.
Andam uns atrás dos outros nos recreios das escolas, na tentativa de rebentar uma das pulseiras. Quem a usava terá de “oferecer” o ato físico a que corresponde a cor. É o “último grito” do comportamento promíscuo que sugere, cada vez mais, que a inocência da infância pertence a um passado longínquo.
«A amarela é a melhor porque significa que só se tem de abraçar um rapaz. A laranja significa uma “dentadinha de amor” e a roxa já dá direito a um beijo com língua», explica uma menina de 12 anos. Todavia, à medida que a paleta de cores avança, o nível de intimidade também é maior: se um rapaz rebentar uma pulseira cor-de-rosa, a rapariga tem de lhe mostrar o peito, se for vermelha tem de lhe fazer uma lap dance e azul é sexo oral», continua. As verdes são as dos «chupões no pescoço».
As pulseiras mais ambicionadas são a preta e a dourada, significando a primeira «ir até ao fim com um rapaz» e a segunda todos os atos descritos anteriormente, do mais inocente ao mais impróprio para a idade. «A douradas são muito raras, por isso se encontrares uma na loja, tens de obrigar a tua mãe a ir comprá-la!», explica.
 

Símbolo de respeito
Como quase em tudo nestas idades, existe um estigma por detrás das pulseiras: quem não as usar é ostracizado e quem usar as cores preto e dourado é mais respeitado. «No meu grupo da escola, a líder – que serve de exemplo para todos – só usa pulseiras pretas e douradas. Todos os rapazes da minha turma usam pretas e se uma menina também usa, eles gostam todos dela», conta a criança de 12 anos.

  • O sucesso das pulseiras do sexo é tanto que já existem muitas comunidades no Orkut e Facebook. Muitos jovens usam as pulseiras, mas ainda não sabem seu verdadeiro significado, e isso está preocupando os pais e autoridades. As pulseiras do sexo podem ser encontradas em vários sites e também em camelôs das grandes cidades brasileiras.
     
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