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Quadrilha presa em Caçador planejava sequestrar empresário canoinhense
A Polícia Civil de Caçador, dando sequência às investigações do roubo ao apartamento do empresário Antônio Sordi, ocorrido no mês de maio, prendeu nesta terça-feira, 10, mais quatro pessoas acusadas de envolvimento com o crime. Osmar Jungles de Lima, 40 anos, e Leandro Junior Merholz, 27, foram detidos em Caçador, e as irmãs Daiane, 25, e Daniele Suckow, 21, em Canoinhas.
Segundo o delegado Luiz Antônio Piazzon, a equipe de investigação da Polícia conseguiu comprovar que os valores roubados naquela ocasião ? 100 mil dólares e 20 mil euros aproximadamente ? serviram para uma causa bem maior do que um simples desfruto do dinheiro.
?No dia 24 de junho foi apreendida em Irati, no Paraná, uma grande carga de drogas, 48 quilos de crack e 89 quilos de maconha, que estava escondida num caminhão carregado de feijão. Nesta ocorrência foi preso Marco Antônio Corrêa Pereira, que era o encarregado de levar os entorpecentes para o Litoral catarinense?, explica Piazzon. Ainda de acordo com o delegado, as investigações apontam que parte da droga seria para alimentar o tráfico em Caçador.
No cumprimento dos mandados de prisão preventiva, a Polícia ainda apreendeu quatro veículos, um Ômega, um Gol, e dois Ford Ka, um em Caçador e outro em Canoinhas. Todos os detidos prestaram depoimentos e foram levados ao Presídio Regional. Ao final do inquérito a Polícia deve pedir condenação por roubo, formação de quadrilha, tráfico de drogas e associação ao tráfico.
AGENTES PÚBLICOS PODEM ESTAR ENVOLVIDOS NO ROUBO
De acordo com o delegado Piazzon, as investigações continuam e ?agentes públicos podem estar envolvidos nesta ação criminosa?, disse ser dar mais detalhes.
PRIMEIROS ACUSADOS FORAM PRESOS NO MÊS PASSADO
No dia 5 de julho a Polícia Civil de Caçador prendeu os primeiros envolvidos na participação no assalto ao apartamento do empresário Antônio Sordi, no centro de Caçador. Na ocasião, dia 12 de maio deste ano, foram levados do interior da residência o valor de R$ 100 mil dólares e 20 mil euros.
Wilson Flopas, 31 anos, e Loir Carlos Milani, 32, foram detidos em suas residências, um no bairro Berger e outro no São Cristóvão. Milani já tinha passagem pela Polícia por roubo em cidades do litoral catarinense. Ambos negam a participação no crime. Na oportunidade o dinheiro não foi localizado.
Segundo o delegado Luiz Antônio Piazzon, a dupla foi apontada como suspeita logo que as investigações iniciaram. ?Eles foram reconhecidos por duas testemunhas que viram os mesmos no dia do crime. O Pode Judiciário analisou as provas e concedeu o mandado de busca e prisão preventiva?, disse.
Onze dias após a prisão dos dois acusados, a Polícia Civil de Caçador prendeu no dia 16, mais três pessoas envolvidas no roubo. Foram detidos Gilmar Matheus Zanchi, 33 anos, Sônia Maria Guedes, 34, e Veraluce Weber Guedes, 48 anos, empregada do apartamento.
Na operação, que envolveu 17 policiais das Comarcas de Joaçaba, Canoinhas e Santa Cecília, ainda foram apreendidas munições de arma de fogo, cerca de 600 gramas de maconha, uma balança de precisão, um veículo Celta e três motocicletas. Segundo os indícios levantados pela investigação, o crime teve como motivação a obtenção de recursos que seriam destinados para financiar o tráfico de drogas em Caçador e região.
De acordo com o delegado Luiz Antônio Piazzon, a empregada Veraluce Weber Guedes confessou ter repassado informações privilegiadas para a quadrilha. ?Desde o início havia esta perspectiva de que alguém próximo à família estava envolvido. Fomos ouvindo testemunhas, investigando e descartando um a um?, explica.
COMO FOI O CRIME
O crime aconteceu no dia 11 de maio deste ano e na ocasião os ladrões renderam os funcionários do apartamento para levar cerca de R$ 100mil dólares e R$ 20 mil euros. Antes, no dia 19 de março, a residência já havia sido alvo de ladrões, mas naquela oportunidade apenas uma pasta foi roubada.
ROUBO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA
Os detidos foram conduzidos ao Presídio Regional e devem responder por roubo e formação de quadrilha. ?Todos contribuíram de uma maneira ou outra com o crime, foi isso que constatamos na investigação e da mesma forma o juiz entendeu ao conceder os mandados de prisão, busca e apreensão. Logicamente que agora eles serão ouvidos e julgados posteriormente?, conclui o delegado.
EMPRESÁRIOS DE CAÇADOR E CANOINHAS SERIAM AS PRÓXIMAS VÍTIMAS
O delegado Piazzon revelou que com a dupla foram encontradas informações minuciosas da vida e das moradias de outros três empresários, dois de Caçador e um de Canoinhas.
?Entendemos que eles provavelmente estavam planejando um sequestro pelas informações detalhadas que tinha. Por isso alertamos imediatamente os empresários para que redobrassem a segurança?, comenta Piazzon.
INVESTIGAÇÕES CONTINUAM
Em entrevista coletiva, o delegado afirmou que a investigação continua no objetivo de prender os demais envolvidos e de saber a procedência de todo dinheiro. ?Infelizmente dinheiro não tem marca, não tem cor. O que podemos ressarcir à família são os bens materiais. Mas como eu disse há indícios fortes que os valores foram gastos na compra de entorpecentes e vamos continuar a investigação?, disse.
Disk Denúncia Polícia Civil: 181. As ligações são gratuitas e podem ser feitas de qualquer telefone ou celular, de forma anônima.
Fonte: Caçador OnLine
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