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Reportagem Especial

Mulheres e Bebida Alcoólica: uma combinação muito perigosa

Somente após a 2ª Guerra Mundial, com a entrada da mulher no mercado de trabalho e, portanto, com mudanças no seu papel social, constatou-se o aumento do consumo de álcool e outras drogas, e de forma mais intensa entre as mais jovens. O impacto desta evidência é desconcertante, pois a repercussão familiar é imediata.
A dose de menor risco possível para a mulher maior que 18 anos, de peso e altura média é: 2 doses por situação, que significa, 2 copos de fermentados (cerveja ou vinho) ou 2 doses de destilado. Mesmo bebendo a mesma quantidade que os homens, as mulheres apresentam efeitos específicos: desenvolvem maiores concentrações sanguíneas de álcool e conseqüentemente, maior intoxicação e maior dano.
Motivos que explicam uma parte da vulnerabilidade das mulheres ao álcool já estudadas: maior quantidade de gordura corpórea e menor quantidade de água; menor atividade de uma enzima no estômago chamada álcool desidrogenas, responsável pela metabolização do álcool; variações na organização do cérebro feminino, que possui um maior número de neuroesteróides, que interagem de forma danosa com o álcool.
Antes de sair para a balada, o uso de bebidas alcoólicas já é excessivo, o chamado “Esquenta”. Muitas garotas já chegam alcoolizadas, ou bem alegres no lugar destinado, isso segundo elas, é pura diversão e a animação durante a noitada é certa. Outras ainda, preferem beber antes, porque nos shows ou em casas noturnas, a bebida é muito cara.
Para a rapaziada, e para quem quer sair somente para ficar, a bebida facilita o xaveco e a ficada.
A moça fica mais solta e muitas vezes nem sabe com quem conversou ou ficou na noite passada.
Muitas ainda comentam, achando bonito, que beijou dezenas de homens, sem saber quem. O importante é se achar a “ultima bolachinha do pacote” e a mais cobiçada entre a ala masculina.
Só que aí é que a jovem se engana. Os homens querem festa e com certeza será comentada por muito tempo, mas não como uma mulher atraente e com boas intenções e sim como garota fácil, para uma noitada e nada mais.
Outro aspecto muito importante relacionado ao gênero, é a violência. Estudos no mundo apontam que 10% das mulheres, vítimas de violência, estavam alcoolizadas e 60% dos agressores também. Sob efeito da bebida alcoólica a mulher também sofre mais acidentes
O consumo de bebidas, além de ter crescido entre as adolescentes e jovens, também subiu entre as mulheres mais velhas, na faixa etária dos 40 e 50 anos, principalmente entre as que se separam dos maridos. “São aquelas mulheres que geralmente eram reprimidas socialmente pelo marido e que agora têm de lidar com a liberdade.

Mulheres bebem além do limite para atrair homens, diz estudo
No eterno jogo da conquista, em que parecer interessante é a chave de tudo, as coisas estão saindo dos limites. Pesquisa realizada nos EUA com 3.316 estudantes de duas universidades mostrou que muitas meninas estão bebendo mais do que deveriam para conseguir impressionar seus parceiros.
O estudo mostrou que a grande maioria dos moços gostaria que suas parceiras, sejam amigas ou namoradas, bebessem, mas 71% das moçoilas acabam superestimando a dose. Analisando os diferentes subgrupos, os pesquisadores notaram que 26% dessas moças acreditam que um homem é mais propenso a ter amizade com mulheres que bebam acima de cinco drinques, enquanto 16% já acham que serão mais atraentes se beberem tanto quanto os meninos. Quando as duas estimativas são confrontadas com o que os garotos querem, as diferenças de opinião aparecem.
Desde que a mulher, após seu movimento de emancipação ampliou seu espaço social e aumentou sua participação na disputa pelo mercado de trabalho, incrementando sobremaneira suas responsabilidades (mãe, amante, dona de casa e agora provedora), houve uma modificação na gravidade e nos tipos de doenças que incidem no sexo feminino. Doenças como o infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e outras, mais frequentes no sexo masculino porque ligadas a um aumento de responsabilidade, competitividade e nível de stress, estão agora também incidindo mais sobre as mulheres. Também as mulheres estão cada vez mais usando drogas, tanto as permitidas como o cigarro, álcool, antidepressivos, hipnóticos, ansiolíticos, etc quanto as proibidas como maconha e cocaína entre outras.


Mulheres são mais resistentes a bebidas alcoólicas
Alguns homens podem até não acreditar, mas pesquisadores estadunidenses da Universidade de Kentucky comprovaram que as mulheres são mais fortes para a bebida. Eles observaram que a perda de inibição entre o sexo masculino é três vezes maior que o sexo feminino, com o consumo da mesma quantidade de álcool.
Outra observação foi a de que os homens ficam mais estimulados e as mulheres mais relaxadas. Talvez isso explique por que os rapazes têm maior tendência à agressividade quando ficam bêbados.
O consumo de bebidas alcoólicas é tão aceito socialmente que muitas pessoas não imaginam que elas são drogas potentes.
O uso combinado de álcool e tabaco aumenta ainda mais o risco de câncer nestas e em outras localizações, como a faringe e a laringe supraglótica. Além de agente causal de cirrose hepática, em interação com outros fatores de risco, como, por exemplo, o vírus da hepatite B, o alcoolismo está relacionado a 2 - 4% das mortes por câncer, implicado que está, também, na gênese dos cânceres de fígado, reto e, possivelmente, mama. Os estudos epidemiológicos têm demonstrado que o tipo de bebida (cerveja, vinho, cachaça etc.) é indiferente, pois parece ser o etanol, propriamente, o agente agressor. Esta substância psicoativa tem a capacidade de produzir alteração no sistema nervoso central, podendo modificar o comportamento dos indivíduos que dela fazem uso. Por ter efeito prazeroso, induz à repetição e, assim, à dependência.
Recorde-se que muitas doenças são causadas pelo uso contínuo do álcool: doenças neurais, mentais, musculares, hepáticas, gástricas, pancreáticas e entre elas o câncer. Isto sem falar nos problemas sociais que estão associados à ingestão de bebidas alcoólicas: acidentes de trânsito, homicídios, suicídios, faltas ao trabalho e atos de violência.


Outra droga que também tem aumentado entre as mulheres é o tabagismo
De acordo com pesquisa, o número de mulheres fumantes acima de 18 anos aumentou 3,9% em relação a 2006. São 5,6 mil a mais que estão adeptas ao cigarro na capital catarinense.
Gestantes que fumam correm risco de sofrer aborto, ter parto prematuro ou gerar filhos com defeitos físicos e com maiores chances de ter asma.
Outro agravante é quanto ao uso do cigarro com método anticoncepcional ou terapia de reposição de hormônio, principalmente em mulheres acima de 30 anos, pois pode ocasionar trombose, enfarto e acidente vascular cerebral.
O cigarro causa no mínimo 10 tipos de câncer e ainda influencia na estética, pois causa enrugamento, mau hálito e deixa os dentes amarelados, risco de infertilidade, câncer de colo d útero e menopausa precoce.
- O cigarro libera substâncias que aumentam o prazer, então se ela está triste ou chateada o fumo é uma forma de ficar mais alegre. Elas fazem essa associação, mesmo que não percebam. O problema é que, por razões hormonais, as mulheres estão mais sujeitas às doenças relacionadas ao tabaco.
As mulheres costumam ter uma ligação afetiva com o cigarro e, assim, têm maior dificuldade para abandoná-lo - Fabiana Caso
Para uma grande parcela das mulheres, tabagismo não é apenas inalar nicotina, amônia e mais de 4.700 substâncias tóxicas. Por trás do vício químico, há também uma dependência afetiva e psicológica, a sensação de ter um momento próprio e até um companheiro no tal cigarrinho. Junta-se a isso o temor que muitas têm de engordar se pararem de fumar, mais a imagem de modernidade e independência que o marketing da indústria tabagista ainda consegue transmitir.
Apesar de todas as restrições, o número global de pessoas que começam a fumar continua crescendo e, quem diria, as mulheres lideram o ranking. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que um terço da população mundial adulta seja fumante, incluindo 250 milhões de mulheres. O consumo de cigarro vem caindo somente em países desenvolvidos e naqueles que adotam medidas de restrição mais severas - o Brasil é um deles. Mas, mesmo nesses países, mais meninas iniciam-se no tabagismo.
Uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), feita com jovens de 13 a 15 anos, em escolas públicas e particulares de 12 capitais brasileiras, revelou que, do total de iniciados no tabagismo, 54% são do sexo feminino e 41%, do masculino. Todos esses dados são enfatizados pela socióloga Paula Johns, de 38 anos, coordenadora da Rede Tabaco Zero.
Há uma questão séria e universal: a adolescente quer fumar para controlar o peso. Já as mulheres mais velhas têm medo de parar de fumar porque acham que vão engordar. Há o mito de que o cigarro emagrece, mas o que acontece é que a menina suprime o apetite fumando: ao invés de comer, fuma. Saiu uma pesquisa recente mostrando que as meninas que se iniciam no tabagismo têm muito mais dificuldades para criar músculos, ou seja, a tendência é que elas engordem mais a longo prazo, porque ficam flácidas. Se você já é fumante e pára, vai acontecer uma mudança no seu metabolismo geral. Então, é normal que, no início, você engorde um pouco, mas depois de um ano o peso costuma se estabilizar.


CONSUMO DE BEBIDAS
Vereador propõe proibição de consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas
O vereador Célio Galeski (DEM) apresentou projeto de lei nesta segunda-feira (21) que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em logradouros públicos de Canoinhas.
De acordo com o projeto não será permitido o consumo em ruas, avenidas, praças, calçadas, calçadões e também no rol de entrada dos estabelecimentos comerciais que sejam anexos a via pública e que não sejam cercados.
Segundo Galeski o Poder Executivo firmará um convênio com a Polícia Militar para fiscalizar o cumprimento da lei. A pessoa flagrada descumprindo a lei terá que responder a Termo Circunstanciado.
De acordo como Galeski o projeto é uma cópia de lei que já está em vigência nos municípios de Guaramirim e Jaraguá do Sul. “Eu sei que a lei é polêmica, mas acredito que será melhor para todas as pessoas”, disse. O projeto ainda depende da aprovação dos demais vereadores e da sanção do prefeito para virar lei.
Fonte: Portal de Canoinhas
 

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