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Atingidos pela usina Garibaldi estão acampados e exigem direitos

 Cerca de trezentas pessoas permanecem acampados desde o  dia 13 de agosto na comunidade Nossa Senhora das Graças, Abdon Batista. Os atingidos exigem os direitos e soluções para os problemas que a empresa Rio Canoas provocou na região.

“Muitas cartas de créditos negados, indenizações injustas, filhos de atingidos sem direitos, estradas sem condições de transitar, não temos acesso entre os municípios, alagou mais do que o planejado deixando  casas e salão comunitário que a própria empresa construiu alagados”, relata Márcio, um dos agricultores acampados.
Na tarde de terça- feira (20), aconteceu no acampamento uma assembleia com a participação de mais de trezentas e cinquenta agricultores, além de autoridades federais, estaduais e de todos os municípios atingidos.
Segundo do deputado estadual Padre Pedro, “é preciso com urgência resposta do consórcio que construiu a barragem. Muitas injustiças estão sendo cometidas e os diretos humanos violados. Estou aqui e vou permanecer ao lado dos atingidos até o dia em que seja atendida a pauta dos atingidos mobilizados”, finalizou.
A coordenação dos atingidos já esteve reunida com a FATMA, Ministério Público Estadual, e está prevista para esta semana, mais alguns encontros para debater os casos dos atingidos.
 
 
Diretor presidente da  Triunfo Rio Canoas, Carlos Henrique Scalco fala sobre  a movimentação dos atingidos pela usina
 
“Com relação aos benefícios e movimentos que estão acontecendo, digo que este processo já vem desde o ano passado quando começaram as análises dos benefícios e também foi combinado no Ministério Público a forma de solucionar, envolvendo Ministério Público, Fatma e o empreendimento. Então, a gente vê com estranheza esse movimento, pois estamos em um processo que vem se consolidando e não há razão para esse tipo de movimentação nesse momento.
A Rio Canoas sempre esteve de portas abertas para receber todas as reivindicações e todos que eventualmente não tiveram os benefícios atendidos da forma como imaginavam para que a gente pudesse sentar, conversar e explicar. Existem critérios a serem seguidos e assim estamos fazendo e a forma utilizada quando há um impasse está sendo combinada com o Ministério Público para ser resolvido. 
Da nossa parte estamos tranquilos e pedimos que as pessoas fiquem tranquilas também e aqueles que acham que tem direito e que, eventualmente, acreditam que cometemos algum erro, teremos a humildade de reconhecer nossos erros, mas a forma de solucionar isso é via Ministério Público e Fatma como a gente tem feito”.
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