Repasses do estado para a Udesc devem aumentar para que a instalação seja possível
Na semana passada o anúncio de que Lages poderia receber a implantação do curso de medicina no campus do Centro de Ciência Agroveterinárias (CAV) da Universidade do estado de Santa Catarina. A medida aumentaria as vagas de um dos cursos mais concorridos do estado e ajudaria a descentralizar o ensino superior público estadual.
Tão rápido quanto a notícia surgiu, apareceram os questionamentos sobre a estrutura do campus lageano para receber o novo curso. Vale lembrar, inclusive, que o hospital veterinário do CAV já esteve fechado este ano por falta de material. Sendo o CAV uma referência estadual para a área de formação agroveterinária, uma situação dessas deveria ser evitada. Instalar um curso de medicina onde serviços prioritários dos cursos já oferecidos passam por dificuldades para serem realizados parece um ser um risco.
Se o curso for realmente oferecido pela universidade no município, parcerias do campus com hospitais de Lages para a instalação de um hospital universitário seriam necessárias.
De acordo com a coordenadora-geral da pró-reitoria de extensão da Udesc, Elisabete Oliveira, a implantação de um novo curso em Lages é complexa e envolve estrutura, dinheiro para pagar os profissionais e moradia para novos estudantes. O diretor do CAV, entretanto, afirma que há a estrutura necessária dentro do CAV para abrigar o curso de medicina.
Atualmente o estado repassa R$250 milhões por ano à Udesc, o equivalente a 2,49% da receita estadual.
Por enquanto, a única faculdade de medicina oferecida na Serra Catarinense é a da Uniplac, onde as mensalidades passam de R$2 mil.
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