Associação conta com 15 produtores responsáveis pelo cultivo do mel
Cultivar o mel não é uma atividade recente, os antepassados já utilizavam o produto no consumo diário, porém com pequenas produções e de forma artesanal. Com o passar dos anos as produções foram se ampliando e a união de famílias foi o ponto de partida para que o cultivo se ampliasse e o retorno financeiro fosse uma nova fonte de renda para as famílias do meio rural.
Nessa linha de pensamento, através do projeto Microbacias 2 e com apoio da Secretaria de Agricultura do município de Cerro Negro, surgiu há 11 anos a Associação Desenvolvimento Microbacias São Roque, Raithz e São José, a qual atualmente conta com sede própria e desenvolvem vários serviços em prol das 110 famílias pertencentes as três comunidades.
A associação atualmente tem quinze produtores sócios, sendo que a principal atividade desenvolvida por eles é o cultivo do mel. Há seis anos a fonte de renda desses produtores aumentou e com a construção de um espaço próprio para o manuseio correto do produto, sendo este a Casa do Mel, a qual foi construída com recursos repassados pela empresa Baesa. Ali, durante o período de safra que inicia em outubro e se estende até março, os apicultores se revezam para processar, embalar e colocar o selo de inspeção municipal - SIM, conquistado através do Cisama - Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico, Meio Ambiente, atenção à sanidade dos produtos de origem agropecuária e segurança alimentar da Serra Catarinense, através da Amures - Associação dos Municípios da Região Serrana.
De acordo com o técnico da Secretaria de Agricultura e apicultor, Armando Raithz a associação hoje com a construção da Casa do Mel está bem estruturada, o que garante aos apicultores melhor qualidade no produto, além da venda da produção, que hoje chega em aproximadamente 3 mil kg no comércio local, devido ao selo de inspeção. “Já conquistamos o selo de inspeção municipal e agora caminhamos para conquistar o selo através do SISBI - Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, o qual dará autonomia para vendermos nossos produtos em todo o território nacional. Aguardamos para outubro a visita dos auditores”, comentou confiante o apicultor, destacando que o trabalho desenvolvido com os apicultores é gratificante e tem mostrado um bom trabalho.
Para o apicultor Gilson Correia Mocelim, a associação está bem organizada e graças ao empenho do técnico Armando, que sempre foi um incentivador para que o sonho dos apicultores se tornasse realidade hoje estão com a Casa do Mel totalmente equipada. “Eu sempre digo que se tivermos organizados e o apicultor se dedicar é só ele fazer a parte dele que a natureza se encarrega do restante. É um trabalho gratificante que traz uma renda com pouco custo e uma renda extra que vem de fora da safra de outros produtos, e a venda é garantida”, enfatizou o produtor, que agradeceu ao apoio de todos os envolvidos no projeto como a Baesa, Secretaria de Agricultura, Prefeitura, Epagri e a comunidade.
A expectativa do grupo é com relação a nova certificação, a qual garantirá que o mel produzido em Cerro Negro possa ser comercializado em todo o país, além da ampliação dos produtos como o pólen e geléia real que também podem ser produzidos e comercializados.
A associação também participa de capacitações que auxiliam no uso de equipamentos de segurança, forma correta de manejo e qualidade dos produtos. Hoje a associação conta além da Casa do mel, com o projeto Beija Flor e uma patrulha agrícola a qual auxilia toda a comunidade nos serviços da lavoura.
Baesa também auxilia construção da Casa do Mel em Capão Alto
Uma parceria entre a empresa Baesa e a Associação dos Produtores de Mel - Apromel do município de Capão Alto, com apoio da Prefeitura municipal, Banco do Brasil, Epagri, Amures e Cisama, encontra-se em construção a sede da casa de extração do mel. Serão beneficiados cerca de 30 apicultores que juntos somam hoje uma produção de mais de 13 mil quilos de mel anualmente.
A Casa de Extração do Mel está localizada as margens da BR - 390 no município de Capão Alto e a expectativa é que até o final de 2014 os produtores estejam utilizando do espaço para o manejo correto e envasamento do produto.
Deixe seu comentário