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Apesar da vacina, os cuidados devem continuar

O assunto que está em alta no momento é a vacinação de imunização contra o Coronavírus e algumas dúvidas surgem e deixam a população um pouco apreensiva. Para sanar algumas dessas dúvidas, o jornal Correio dos Lagos conversou com o médico Sebastião Josino Rodrigues que atua no município de Pinhal da Serra desde o ano de 2017.

Correio dos Lagos - Qual sua opinião como profissional da saúde, sobre a vacina contra o vírus que causa a covid-19?

Sebastião Josino Rodrigues - Minha opinião e que todas as pessoas com indicação devem ser imunizadas. Todas as pessoas sem contraindicação devem ser imunizadas. Se realizar apenas imunização parcial ainda permanece a discriminação viral entre as pessoas não imunizadas. Sendo que as vacinas não têm potencial de imunizar 100 %, mesmo com a vacina ainda pode ocorrer casos. Minha opinião e que diante uma pandemia como essa, nós devemos aproveitar as armas que temos e lutar para frear o contágio. Então usaremos todas as opções e a principal é a vacina no momento. O Ministério da Saúde está aguardando a chegada da vacina AstraZeneca que tem previsão de chegada até 18 de janeiro, até lá aguardamos a outra vacina do Butantã a Coronavac. No caso da vacina da Oxford, AstraZeneca, já foi aprovada pela Anvisa e saiu na frente em comparação a Pfizer por usar o sistema existente de imunização e não precisar ser conservada com -70°.

Correio dos Lagos - Se apenas uma pequena parcela da população se imunizar, que consequências isso poderá acarretar? 

Sebastião - Após a vacina ainda pode ocorrer casos por causa da eficácia da vacina não chegar a 100%. Vai controlar a pandemia mas vai permanecer tendo casos. Como vocês lembram do vírus h1n1, mesmo tendo imunização permanece tendo casos. Um desses casos foi em Pinhal da Serra onde a pessoa contaminada veio a óbito (pessoa não vacinada).

Correio dos Lagos - Após a imunização com a vacina a população terá uma vida normal, sem uso de máscaras, distanciamento social, higiene das mãos? 

Sebastião - Mesmo após a vacinação a população deve permanecer com os cuidados que são exigidos atualmente.

Correio dos Lagos - Existe uma preocupação com relação a vacinação em crianças e mulheres grávidas, existe alguma contraindicação?

Sebastião - Em relação a crianças e grávidas não tem estudo suficiente para indicar o uso. Então principalmente em gestantes deve ser prescrita.

Correio dos Lagos - A vacina tem efeitos colaterais? 

Sebastião - A vacina AstraZeneca: Foi usado um adenovírus, que é um vírus geneticamente modificado para se tornar fraco. Os pesquisadores inseriram nesse adenovírus uma parte do coronavírus (sars-cov-2) a função da vacina é provocar uma resposta imune, produzindo anticorpos e células de defesa que impeçam a contaminação pela covid 19. Não está bem definido os efeitos colaterais da vacina, mas deve ser evitado em crianças, gestantes e imunodeprimidos.

As reações mais comuns foram dor local, febre e dor de cabeça, todos casos leves e moderados.

Correio dos Lagos - Quantas doses da vacina deverão ser aplicadas? 

Sebastião - Na maioria do mundo está sendo realizado aplicação de duas doses. Em função do surgimento de variantes do coronavírus, o Ministério da Saúde está considerando a aplicação de dose única. Vamos aguardar os próximos dias para ver o protocolo de imunização do Ministério da Saúde. Quanto ao tempo de imunização é um tema ainda em discussão.

Correio dos Lagos - Quem serão os grupos prioritários para receber as primeiras doses da vacina? 

Sebastião - A imunização da população em geral vai demorar, porque o plano do Ministério da Saúde é imunizar os grupos de risco primeiro, então a previsão é que até final do ano já estejam imunizados os grupos prioritários que são idosos acima de 60 anos, pessoas com comorbidades, profissionais de saúde, professores, profissionais de forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e indígenas.


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