logo RCN

Diabetes: excesso de doce não faz bem

No dia 14 de novembro é comemorado o Dia Nacional do Diabético

 Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada dez pessoas adultas são portadoras de diabetes. Um fato preocupante, visto que cerca de 10% da população mundial possui a doença crônica.

Sem o tratamento, a patologia causa doenças cardiovasculares, cegueira, insuficiência renal, entre outras deficiências nos órgãos do corpo, tornando-se um mal que está crescendo pelo mundo. A OMS estima que cerca de 5,1% da população mundial entre 20 e 79 anos sofra da doença. E faz previsões nada otimistas: o número atual de 194 milhões de casos duplicará até 2025.
A Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia, a fim de que seja aproveitada por todas as células. A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar, como na sua transformação em outras substâncias como proteínas, músculos e gordura.
O aumento da concentração de glicose no sangue provoca alguns tipos de diabetes: Diabetes tipo I – o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A doença ocorre mais na infância e na adolescência exigindo a aplicação de injeções diárias do medicamento; Diabetes tipo II – tratamento via oral. A incidência da doença acomete, geralmente, as pessoas depois dos quarenta anos de idade, mas também atinge crianças; Diabetes gestacional – ocorre durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é provocado pelo aumento excessivo de peso da mãe; e o diabetes associados a outras patologias como as pancreatites alcoólicas, uso de certos medicamentos, etc.
Entre os sintomas mais frequentes do diabetes estão o excesso de vontade de urinar , que consequentemente desidrata o corpo e causa muita sede; o apetite aumenta, o indivíduo sente alterações visuais e se tiver algum corte no corpo percebe a demora para cicatrizar.
Foi o que aconteceu com a anitense Ivonete Paggi, que percebendo os sinais dados pelo seu organismo decidiu procurar ajuda médica, realizando o exame HGT (Hemoglicoteste). Segundo ela, os sinais começaram a se manifestar timidamente, mas foram se tornando mais intensos com o passar do tempo. “Quando me dei conta o meu corpo estava pedindo socorro”, conta ela. Ao realizar o HGT, o resultado de Ivonete apresentou uma taxa de nível 300, quando o normal de glicose  no sangue é abaixo de 100 mg/dl. De imediato, ela foi diagnosticada com diabetes tipo II e passou a tomar o medicamento para controlar a produção de hormônio no organismo. Esse é o tipo mais comum de diabetes, que exige do paciente a readequação alimentar, a praticar exercícios físicos e doses de medicamentos diariamente.
Porém, há os casos em que apenas a medicação via oral não é o suficiente, havendo a necessidade de injetar insulina para ajudar com o funcionamento do pâncreas, incidência mais comum no diabetes tipo I. 
Há um ano Orestina Ribeiro, de 79 anos, descobriu que estava com diabetes, até então os compridos eram suficientes para controlar a glicose, mas a um mês, após realizar consulta médica com um especialista na doença, endocrinologista, recebeu a notícia de que teria que passar a tomar insulina. “A princípio fiquei triste em aceitar a ideia de ter que tomar injeção todo dia, mas agora já estou me acostumando e acho até melhor tomar uma injeção por dia, do que tomar vários comprimidos”, comentou Orestina.
De acordo com a enfermeira municipal de Anita Garibaldi, Camila Amorim, são 251 pacientes com cadastro no município. Todos recebem gratuitamente os medicamentos, inclusive a insulina. “A Secretaria de Saúde realiza exames conveniados com um laboratório em Anita. Basta vir até a unidade municipal de saúde e pegar uma requisição para fazer o exame”, disse a enfermeira. De acordo com a farmacêutica, Alice Gomes, a partir da receita médica o paciente passa a receber continuamente os medicamentos de controle do diabetes. Segundo ela, graças a um programa do governo federal todos tem direito a receber os compridos e a insulina, que podem ser pegos tanto na unidade de saúde como nas farmácias populares do município.
Todavia, a ingestão de medicamentos não é o suficiente para controlar a patologia, ter uma alimentação saudável, aliada a atividades físicas faz bem para todas as pessoas, mas, em especial, aos diabéticos é fundamental. Além do cuidado com os alimentos açucarados é necessário evitar o excesso de gorduras e massas. Todo portador de diabetes deve procurar um médico especialista, pois cada pessoa tem um caso diferente do outro. Já a prática de exercícios físicos é importante porque acelera o metabolismo, o que ajuda a queimar calorias e a controlar o peso, proporcionando bem-estar e, por fim, porque é benéfico para o organismo como um todo: ativa a função cardíaca, melhora a pressão arterial, etc. Vale ressaltar, porém, que o diabético só deve aplicar-se a um programa de exercícios, se a doença estiver controlada. Se estiver descompensada, a atividade física pode ter efeito contrário ao que se deseja, pois o fígado vai produzir mais açúcar.
Recomenda-se a prevenção às pessoas inclusas no grupo de risco de adquirir a doença. A probabilidade de desenvolver a patologia aumenta com a idade, com peso excessivo aliado à falta de atividade física e com histórico familiar de diabetes.
Evento reuniu profissionais da saúde em Esmeralda Anterior

Evento reuniu profissionais da saúde em Esmeralda

Seguem os trabalhos de reestruturação do setor de Saúde do Município Próximo

Seguem os trabalhos de reestruturação do setor de Saúde do Município

Deixe seu comentário