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MENOS SONO, MAIS PERIGO

Sempre dizemos que nada como uma boa noite de sono para passar bem o dia. E é a mais pura verdade. Vejam só o que diz o médico neurologista e coordenador do centro de Diagnóstico de Distúrbio do Sono (CDDS) do Hospital da Unimed Chapecó, Auney de Oliveira Couto: Estatísticas sobre privação do sono demostram que pessoas que permanecem 19 horas sem dormir têm a mesma redução de reflexo de alguém que consumiu seis copos de cerveja ou três cálices de vinho. Se esse mesmo indivíduo passar de 19 para 24 horas sem dormir, os reflexos equivalem aos mesmos de pessoas que ingeriram 12 copos de cerveja ou seis cálices de vinho. Não é à toa, portanto, que acontecem tantos acidentes, principalmente envolvendo caminhoneiros, que quase sempre dormem muitos menos do que deveriam. 
Couto diz que muitos pacientes vão ao seu consultório com problemas de memória, concentração e atenção, e que a maioria não tem um sono restaurador. Ele faz uma comparação: Se utilizarmos um computador direto, sem realizar um trabalho de desfragmentação, backup ou limpeza do disco rígido, o que acontece? A máquina fica lenta e vai travar. A mesma coisa acontece  com a gente. Quando dormimos, o cérebro faz uma limpeza, uma reorganização de dados. A memória de longo prazo é feita dormindo. Então, quando não há um sono de qualidade em razão de dor, ansiedade, desconforto, ou qualquer outro motivo, haverá impacto na condição de memória.
Outra informação curiosa: Nos últimos 30 anos estamos dormindo cerca de uma hora e meia a menos. É uma situação causada pelo avanço da tecnologia e pelo estilo de vida atual. As pessoas trabalham, estudam , chegam em casa, têm tarefas a realizar e vão dormir de madrugada para acordar por volta das 6h. Aí vêm as consequências como dificuldade de atenção, concentração, alteração de humor, irritabilidade... Sintomas que conhecemos bem depois de uma noite mal dormida. Segundo o neurologista, o problema é que esquecemos que os bons hábitos do sono envolvem uma certa disciplina: dormir no horário, acordar no horário, não usar aparelhos celulares e outras tecnologias antes de dormir (o que me parece ser o mais difícil atualmente, não dormir de barriga cheia, e fazer exercícios físicos durante o dia, pois eles ajudam a reduzir a ansiedade e melhorar o sono. Nós sabemos de tudo isso. O difícil é mudar os maus hábitos.
Referência: BEVILACQUA, Viviane. Menos sono, mais perigo. Diário Catarinense. Florianópolis, 24 de março de 2016.

 

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