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Coronavírus

O mundo enfrenta o coronavírus

No dia 6 de maio de 2020, o Jornal Correio dos Lagos publicava uma matéria especial com pessoas que residiram em municípios da Região dos Lagos e atualmente moram em outros países. Passados praticamente três meses, um novo contato foi realizado com essas pessoas, buscando acompanhar como está a situação da pandemia em seus países, estados e cidades. Em vídeo que estará publicado nas redes sociais do jornal, bem como no site, os moradores relatam o que estão vivenciando, os cuidados e as expectativas na espera por uma vacina contra a doença.

Odilon Zanchett - Morava em Abdon Batista e atualmente reside em Massachusetts - Estados Unidos da América

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"Resido na região de Boston, e atualmente trabalho na minha área que é a comunicação, na Rádio Nossa Rádio USA voltada ao público brasileiro. Hoje o foco maior da doença está na Região da Flórida com cerca de 10 mil casos diários, 200 a 300 óbitos diários. A cerca de três meses atrás o grande epicentro era aqui, Região da Nova Inglaterra, Nova Iorque, Massachusetts onde altos índices de infectados eram registrados diariamente e também número de mortes. Hoje, no nosso estado, o número de mortes está mais baixo, com uma média de 10 a 15 mortes por dia e já tivemos um dia em julho que não tivemos mortes. A situação está mais controlada, com cerca de 100 a 200 casos por dia. Por aqui o pior já passou, agora o vírus está mais para a Região Sul. Hoje nos EUA estão confirmados 4.783.000.00 casos. Na Flórida são 487 mil casos com 7.084 mortes, em Massachuts (onde vivo) são 118 mil casos registrados com 8.626 mortes confirmadas, dados de domingo (02/08).

Eu fui contaminado e minha esposa Aline também a cerca de 1 mês atrás. Primeiramente a Aline sentiu os sintomas, como febre e dor no corpo e três dias após eu também comecei a sentir os sintomas. Fizemos o teste e deu positivo. Ficamos isolados por duas semanas, já retornamos ao trabalho e nada de pior aconteceu, mas a gente sabe que em alguns casos o vírus se prolonga por mais tempo no corpo, muitos levando a morte, porém a grande maioria das pessoas não sentem muita coisa, a maioria é assintomática. Esperamos que, com o passar do tempo, a vacina chegue. Aqui na nossa região já tem duas indústrias com testagem de vacina, na última fase desses testes, e esperamos que em breve seja liberada para a população.

Deixo meu abraço a todos e vamos se cuidar, quem pode ficar em casa, fique, e quem tem que trabalhar mantenha distanciamento social e use máscara."

Miryan Caroline Gracietti - Morava em Anita Garibaldi e agora mora em Lisboa - Portugal 

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"Hoje, dia 27 de julho de 2020, a convite do Jornal Correio dos Lagos, venho compartilhar com vocês como está à situação devido à pandemia da Covid-19 aqui em Portugal. A população, de 10 milhões de habitantes, de acordo com a Direção Geral de Saúde, no momento, temos 50 mil infectados, 35 mil recuperados e 1.719 mortes. Os primeiros casos que foram anunciados foram na primeira semana de março, já logo na segunda semana foi decretado o Estado de Emergência, no qual as pessoas saíam de casa somente para as necessidades básicas, para comprar bens essenciais, como alimentos e medicamentos. As saídas estavam muito restritas e somente as Unidades de Saúde, supermercados e farmácias é que estavam abertos. Durante dois meses e meio, Portugal viveu confinado, foi um período complicado, foi difícil, mas com a ajuda e a colaboração de todos, os casos começaram a diminuir muito. Então, o Governo com todas as medidas de proteção, no dia 03 de maio, decretou o Estado de Desconfinamento em três fases. Por que em três fases? A cada 15 dias foram avaliados os impactos dessas medidas que foram adotadas. Então, no momento, restaurantes, bares, museus, escolas, faculdades, shoppings... estão abertos, é claro que com muitas restrições, o horário foi reduzido, é obrigatório a utilização de máscaras, a higienização das mãos, é proibido o agrupamento de mais do que 10 pessoas... são muitas medidas que estão sendo adotadas e aos pouquinhos aqui está voltando ao novo normal. 

Espero que todas as pessoas que possam ficar em casa, que fiquem, e que cada um fazendo a sua parte, logo essa fase vai passar e voltaremos ao novo normal. Muito obrigada e um abraço a todos. Até a próxima!"

Osmar Jesus Freschi - Morava em Anita Garibaldi, mora atualmente em San Bonifácio - Província de Verona, na Itália

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"A quase três meses atrás, desde a última vez que falei para o Jornal Correio dos Lagos, a Itália era a bola da vez. De lá para cá os casos acabaram se estabilizando, mas continuamos utilizando máscaras em locais fechados, como supermercados e farmácias. Fala-se aqui no noticiário em desenvolvimento de vacina entre uma empresa farmacêutica italiana e um laboratório inglês, mas por outro lado falam que não irão se vacinar. Agora se essa vacina fosse desenvolvida por um laboratório israelense ou dos EUA é outra história. Sabemos que existe muitos interesses por trás de isso tudo, esse vírus Chinês está causando muitos estragos principalmente no Brasil e nos EUA, vidas sendo ceifadas de uma forma covarde e também empregos, mas por outro lado lembremos que esse vírus não chega a 1% do que foram as duas guerras mundiais aqui no continente europeu. Mais de 20 milhões de pessoas mortas de uma forma também covarde, empresas, economia arrasada, mas tudo foi reconstruído. Sabemos que de agora em diante teremos que nos adaptar, nos cuidar para que males maiores não aconteçam. Um grande abraço a todos e fiquem com Deus."

Isabela Mattos - Natural de Anita Garibaldi, residiu na Coreia do Sul e retornou para o Brasil a cerca de 20 dias

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"Falo hoje das minhas percepções de quando deixei a Coreia do Sul e quando cheguei ao Brasil e o que estou sentindo até agora com relação ao coronavírus no país. A cerca de três meses a Coreia do Sul tinha 10.770 casos e 248 mortes e hoje, dia 28 de julho, eles têm 14.200 casos e 300 mortes, o que pode perceber que o Governo Sul Coreano está conseguindo conter o vírus. Estão tendo uma média de 30 a 50 casos por dia no país. Saí da Coreia do Sul a cerca de 23 dias e o que pude perceber quando sai de lá, é que as pessoas ainda estão respeitando as medidas, se cuidando e preocupadas com o vírus e o governo está aplicando várias medidas, cuidados da população. Nos aeroportos internacionais que passei parecia cena de apocalipse, completamente vazios, as companhias aéreas estão trabalhando com redução de funcionários, os voos estavam vazios, respeitando o distanciamento, obrigatório uso de máscara. Já no Brasil, quando cheguei no aeroporto do Rio de Janeiro, outra realidade, aeroporto lotado, voos lotados, o meu voo do Rio de Janeiro para Florianópolis estava cheio, ninguém respeitando distanciamento e muitas pessoas utilizando a máscara de forma incorreta. Chegando em Florianópolis não tem uma fiscalização, barreira sanitária, a única coisa que pediram foi preencher um documento com informações, dizendo de onde estava vindo e estavam medindo a febre das pessoas. Não pediram para fazer quarentena, nada disso. Eu escolhi fazer uma quarentena voluntária de 14 dias e, só depois disso, vim pra Anita para a casa de meus pais, e o que percebi até agora é que no Brasil está tendo um descaso muito grande com a vida humana, tanto por parte do governo, como da população. As pessoas não estão respeitando as medidas e o governo fingindo que não está acontecendo nada. Eu sinto que as pessoas não entenderam o que está acontecendo no mundo, milhares de pessoas morrendo por dia, por conta desse vírus. Até mesmo aqui em Anita, uma cidade pequena, com mais de cem casos. Na minha opinião, já passou a hora das pessoas entenderem que esse não é o momento de visitar a família, encontrar os amigos, fazer festas, ficar na esquina conversando, o momento não é agora, o que se deve fazer é ficar em casa, respeitar, usar máscara e se cuidar. Se as pessoas não respeitarem isso, a gente vai ver essa pandemia acontecendo no Brasil por muito tempo."

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