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UMA LUTA DE TODOS

Como moro perto de várias escolas, tenho observado nos últimos tempos no número de crianças e adolescentes com problemas de obesidade. Alguns, inclusive com dificuldade para caminhar ou correr. Este é um problema cada vez mais recorrente no mundo inteiro. Dias atrás, na praça de alimentação de shopping da cidade, vi vários estudantes almoçando. Só observei um menino e uma menina comendo comida de verdade: arroz, feijão, salada e carne. Outros devoravam fast-food com grandes copos de refrigerante.
A preocupação com a obesidade da população e os problemas que ele pode acarretar à saúde fez com a ONU implementasse o programa Década de Ação das Nações Unidas para a Nutrição, com o objetivo de incentivar o acesso universal a dietas mais saudáveis e sustentáveis. O governo brasileiro é um dos principais apoiadores desta agenda.
Recentemente, durante encontro em Brasília, o ministro da Saúde Ricardo Barros assumiu em nome do governo federal o compromisso de atingir três metas: deter o crescimento da obesidade na população adulta, reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% entre os adultos, e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente. Todo isso até 2019. Acho as iniciativas muito boas, só não consigo imaginar como ele pretende implementá-las.
Muito mais fácil é trabalhar esta questão desde a infância, unindo esforço da família e da escola. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) tem um papel importante nesse processo, já que é o processo responsável pela destinação de verba para a merenda nas escolas públicas de todo o Brasil. Já foi um grande passo proibir que as escolas comprem itens como refrigerantes e alimentos com alto teor de açúcar e sódio. Eles exigem ainda três porções de frutas sejam servidas durante a semana para as crianças. Além disso, é preciso comprar ao menos 30% da alimentação escolar direto da agricultura familiar, o que garante o acesso a produtos a mais frescos e menos conservantes. Já é um bom começo, mas que só terá o êxito necessário se os pais também se preocuparem em oferecerem o em alimentos mais saudáveis em casa.
Referência: BEVILACQUA, Viviane, Uma luta de todos. Diário Catarinense. Florianópolis, 16 de 2017.

 

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