A televisão aberta brasileira completou 60 anos

A televisão aberta brasileira completou 60 anos. Desde a primeira transmissão da TV Tupi, em São Paulo, dia 18 de setembro de 1950, por uma iniciativa de Assis Chateaubriand, a evolução tecnológica, o arrojo empresarial e o talento de nossos profissionais fizeram da televisão um case de padrão internacional. Com penetração de 95,7% nos domicílios do país (2009, Pnad/IBGE), este meio popular por vocação tem sido capaz de integrar milhões de pessoas, valorizar as realidades regionais e dar-lhes acesso gratuito a informação, cultura e entretenimento. Para o sociólogo francês Dominique Wolton, esse processo tem produzido uma "revolução" na vida de milhões de pessoas. É incontestável o papel da TV para o fortalecimento da identidade e a consolidação da democracia brasileira.

Recente pesquisa encomenda pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República sobre o acesso à informação da opinião pública, reforça as percepções de Wolton. Conforme o estudo, para 66,3% das pessoas, a televisão aberta é o meio de comunicação mais relevante para buscar informação, e para 69,4%, é a mídia mais confiável.

Quanto à programação, 64,6% dos entrevistados consideram os telejornais os programas mais importantes, seguidos das novelas, com 16,4%.

O modelo da radiodifusão brasileira se caracteriza pela diversidade e pluralidade. São 496 emissoras de televisão, sendo 295 comerciais e 201 educativas, e mais de 5 mil retransmissoras. Essa indústria gera mais de 200 mil postos de trabalho, diretos e indiretos, produz 700 mil horas/ano e, apenas em programas jornalísticos, 180 mil horas/ano. Cerca de 70% desse conteúdo é nacional ? 90%, se considerado apenas o horário nobre. Ao completar 60 anos, percebemos que a televisão brasileira, que avança no processo de digitalização, continua forte e rejuvenescida, cumprindo o papel para o crescimento econômico e a consolidação da democracia em nosso país.