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Doença de Parkinson, aceitar é o primeiro passo para ter melhor qualidade de vida
Nesta quinta-feira, dia 11 de abril é uma data importante para as pessoas que enfrentam a Doença de Parkinson. Esse é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, que segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a doença. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram com o problema e engana-se quem pensa que somente pessoas com mais idade sejam acometidas com a doença.
Em Anita Garibaldi temos dois casos de pessoas que descobriram a doença e estão a cada dia em busca de qualidade de vida e também em busca de chamar a atenção das pessoas para a doença.
Angela Macedo Santos é professora e descobriu o Parkinson aos 32 anos de idade e já são 13 anos convivendo com a doença, com o diagnóstico de Parkinson descoberto há 10 anos.
Rui Candido Duarte é aposentado e ex-prefeito de Anita Garibaldi e há dois anos descobriu a doença, em janeiro de 2022 quando estava com 70 anos de idade.
Os dois tem histórias semelhantes, porém com sintomas diferentes. Angela já toma 4 tipos de medicação há 10 anos, enquanto Rui toma dois tipos de medicação há dois anos. Angela sentiu os primeiros sintomas na limitação dos movimentos, o que acarreta nos dias atuais a dificuldade de movimentação, afinal o Parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos da pessoa. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita.
Já Rui não passou pelo processo de tremer, mas sentiu a doença quando os movimentos ficaram mais devagar e as dificuldades para fazer tarefas simples, demandam mais tempo, energia e paciência.
Nesse meio tempo em que Rui foi diagnosticado com a doença, os dois se uniram para buscar mais qualidade de vida e foi no ping pong que eles encontraram uma forma de manter a mente e o corpo em movimento.
“Nós precisamos aceitar a doença, sabemos que ela não tem cura, mas podemos atenuar com exercícios e medicação, temos as nossas dificuldades mas precisamos buscar nos movimentar para termos mais qualidade de vida”, comenta Rui.
Angela que teve o diagnóstico a mais tempo destaca que entre os sintomas que sente está a falta do olfato e dificuldade em sentir cheiro. Ambos relatam que é uma doença que não tem cura, porém existem meios de auxiliar no processo de melhora como a cirurgia DBS que é a colocação de eletrodos em uma área específica do cérebro responsável por controlar os movimentos corporais e Angela está na fila do SUS para realizar essa cirurgia.
Jogos de Integração do Parkinson
Buscando interagir, conhecer mais sobre a doença e fazer novas amizades, que os dois anitenses estiveram nos dias 6 e 7 de abril, na cidade de Joinville, participando da primeira edição dos Jogos de Integração do Parkinson, evento este, realizado pelas Associações Viva Parkinson de Joinville, Blumenau e Balneário Camboriú, com apoio da Prefeitura de Joinville e da Univille.
Participaram do evento 175 atletas de oito estados e 35 cidades brasileiras e reuniu mais de 200 acompanhantes em momentos de descontração e aprendizado.
Algumas perguntas e respostas sobre a doença:
Existe testes que detecte a doença?
- Não existe testes de sangue ou imagem para diagnóstico da doença de Parkinson.
A doença é hereditária?
- Pode estar relacionada a uma causa genética em 3 a 5% dos casos, porém as alterações de genes não podem detectar se a pessoa terá Parkinson.
A doença pode acometer pessoas jovens?
- Sim. A idade mais comum é acima de 60 anos, porém uma pequena parcela de 3,5% pode desenvolver a doença em idades mais jovens. Parkinson precoce, diagnóstico entre 21 e 40/50 anos e Parkinson juvenil com diagnóstico abaixo dos 21 anos.
O que causa a doença de Parkinson?
- Acredita-se que a causa seja multifatorial. Os genes “carregam a arma” e o meio ambiente “puxa o gatilho”. Isso quer dizer que o paciente pode ter uma alteração genética e os fatores ambientais irão ativar o desativar esses genes. Estudos indicam que o fator ambiente e a exposição das pessoas a alguns produtos podem desencadear o Parkinson como contato com pesticidas, agente laranja o solvente tricloroetileno que pode ser encontrado em alguns produtos de limpeza como removedor de graxas, fluído de máquina de escrever, tintas, produtos de limpeza para carpetes e removedores de manchas, adesivos, produtos para limpeza de peças de computadores, limpeza a seco, plantas artificiais e anestésicos, vale ressaltar que pode acarretar o Parkinson quando a pessoa tem exposição a esses produtos de forma crônica e a longo prazo.
O Parkinson tem cura?
- Infelizmente ainda não tem cura, mas tem tratamento que ameniza os sintomas e trazem qualidade de vida.
A aceitação da doença, o apoio da família e a busca por tratamento são os segredos para se manter firme diante do diagnóstico da Doença de Parkinson, por isso, o Rui e a Angela querem ajudar outras pessoas que tem a doença. Caso você tenha Parkinson ou esteja sentindo alguns sintomas que possam desconfiar que seja a doença, procure ajuda, auxílio médico e também os dois anitenses, pois a informação, a troca de experiências e a amizade, são grandes aliados de qualquer doença.
Informações retiradas do livro: Descobrindo a Doença de Parkinson da Dra. Mariana Moscovich
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