Uma história de mais de sessenta anos, que iniciou com seu Idalino Amorim foi passada por várias famílias e muitos donos, hoje é mantida pela dedicação de um funcionário público, o qual divide o trabalho nos afazeres do moinho que hoje leva o nome de Moinho Borguete, apelido que Renato Chaves ganhou desde jovem.
Ali, Renato parece divertir-se enquanto trabalha no processamento do milho, arroz, feijão e na maneira simples e atenciosa de atender os clientes que procuram produtos coloniais. Renato conta que há anos atrás existiam muitos moinhos na cidade e cidades vizinhas e hoje em Anita, o único que ainda sobrevive é o que ele comprou há oito anos. “Lembro que quando vim morar pra cá existiam muitos moinhos, mas com o passar do tempo foram fechando e hoje o que resta é esse aqui, que está a mais de sessenta anos funcionando nesta mesma rua”, comenta Renato, que divide o trabalho com a esposa Vera Lúcia. “Enquanto estou trabalhando em outras atividades é ela quem comanda e cuida do negócio. Agora como estou de férias dei férias para ela também”, brinca Renato.
Perguntado se pretende continuar com o negócio, haja vista que com a venda dos produtos industrializados nos mercados a procura caiu bastante, Renato é categórico em dizer que enquanto tiver forças e conseguir carregar os sacos de milho estará trabalhando. Ele sente dos filhos não terem interesse em tocar o negócio que é rentável, mas entende que cada um deve seguir sua vida. “O trabalho é a minha maior alegria e enquanto eu tiver a oportunidade vou continuar trabalhando com o moinho, pois gosto do que faço”, enfatizou.
Desde que comprou o moinho, Renato já pensou em fazer melhorias no local e até mesmo mudar de endereço, porém ele avalia que uma mudança poderia atrapalhar os negócios, pois são anos em que o moinho está no mesmo lugar e a clientela, que não é só do município, já está acostumada com o local. “Muitas pessoas de fora vem buscar nossos produtos e a gente fica satisfeito”, finaliza Renato, o qual mantém o mesmo maquinário desde o início, fez algumas modificações e aperfeiçoamentos mas as máquinas são as mesmas de sessenta anos atrás.
Para quem quiser adquirir os produtos coloniais como o arroz, feijão, fubá, quirera, ração, mel, entre outros é só visitar o Moinho Borguete, que está localizado na rua Vicente Fernandes, além disso poderá conhecer o belo trabalho que já dura anos e mantém viva a história de muitas pessoas.
Deixe seu comentário