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Uma lei ainda mais seca

O Carnaval está próximo e quem gosta de ir dirigindo para a folia vai ter que se contentar com água ou refrigerante, uma vez que é ilegal ingerir qualquer quantidade de álcool antes de pegar o carro.

 O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) divulgou nesta terça-feira os procedimentos que devem ser adotados pelas autoridades da área para a fiscalização do consumo de álcool por motoristas. A Lei Seca, que já não era nada querida  pelos amantes de um trago ou outro durante encontros com amigos, permitia 0,1 miligrama de álcool por litro de ar (mg/l), mas agora, com a legislação endurecida, a quantidade reduziu para 0,05 mg/l. Com esta pequena quantidade de álcool, que pode ser proveniente até de um medicamento, o motorista abordado será penalizado em R$1.915,30 e ficará proibido de dirigir durante um ano.

Outras novidades da nova versão da lei derrubam um ponto de escape muito utilizado por motoristas com a mente pesada, o direito que todos têm de não produzir provas contra si mesmo servia como uma brecha para fugir do bafômetro e tornou-se uma forma de escapar de algumas punições, porém a nova Lei Seca permite o testemunho de policiais, ou de qualquer outra pessoa, como prova contra o motorista. Relatos de sinais como sonolência, soluços, dificuldade para falar e falta de equilíbrio serão detalhados e assinado pelo policial ou agente de trânsito em formulário.
Para colocar ainda mais medo nos motoristas, foi estabelecido que se o bafômetro marcar 0,34 mg/l ou mais, além das penalidades já citadas, o motorista vai responder criminalmente, podendo pegar de seis meses a três anos de prisão.
Essas novas regras na lei não deixam brecha para fugas, por isso aquele velho conselho sempre tem de ser lembrado para evitar qualquer desagrado: Se beber, não dirija. O único problema de leis como estas ainda é a fiscalização, uma vez que os motoristas não tem medo de beber, justamente porque não tem medo de ser apanhado. Desde o surgimento da Lei Seca, poucos motoristas realmente se interaram sobre as alterações da legislação para quem bebe e dirige.
 
Quanto mais se bebe, mais tempo se perde
 
O álcool é absorvido rapidamente pelo organismo, quase como se evaporasse, mas o tempo que cada um precisa para que o corpo se livre de qualquer vestígio de bebida alcoólica varia de acordo com a quantidade ingerida e de pessoa para pessoa.
Em média, um copo de vinho, uma lata de cerveja ou 50ml de bebida destilada demora uma hora para ser metabolizado pelo organismo, então a pessoa ficará com álcool no sangue por pelo menos uma hora. Há pessoas que acreditam que glicose ou café forte, por exemplo, ajudam a eliminar o álcool mais depressa, mas de acordo com Ronaldo Laranjeira, médico coordenador de pesquisas sobre álcool, isso não acontece. O máximo que se consegue com tais medidas é ter um bêbado desperto, uma vez que ele continua alcoolizado.
 
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