O nosso planeta é um organismo vivo. Diante disso é preciso compreender que, como nós, ele também sofre com doenças e ulcerações.

O nosso planeta é um organismo vivo. Diante disso é preciso compreender que, como nós, ele também sofre com doenças e ulcerações. Algumas delas são próprias de suas metamorfoses, ou seja, transformações geológicas, enquanto outras são provocadas por ações de seus habitantes. O planeta tem uma determinada capacidade para atender às demandas de seus habitantes, e esta capacidade foi avaliada, pelo Fundo das Nações Unidas para Assuntos Populacionais em, aproximadamente, 7 bilhões de habitantes.

Se olharmos para a situação demográfica do mundo pode-se verificar que ainda nos faltam alguns milhões de pessoas para atingirmos os limites do planeta, mas aí está o grande problema: a atual população da Terra vem consumindo de forma desmesurada.

A "pegada ecológica" de cada um depende de seu padrão de consumo. Atualmente cada habitante do planeta tem 1,6 hectares de terras produtivas disponíveis ao ano. Nos anos 1960 era de 6,3, o que seria o ideal para hoje. Entretanto, os países mais industrializados têm uma pegada ecológica superior a 6 hectares por pessoa/anos, provocando déficits globais. Isso significa que tais países, ao exigirem mais do que se tem em disponibilidade por pessoa para seu padrão de vida, comprometem os padrões dos demais países, que, como no Brasil e a Argentina, por exemplo, que não chegam a consumir mais hectares do que têm disponível. Cada brasileiro consome 2,4 hectares de recursos naturais, ou seja, 0,3 hectares além da média mundial, mas a oferta de recursos é de 7,3 hectares por pessoa ? bem acima da média.

Portanto, a análise da pegada ecológica indica que precisamos rever, urgentemente, nossos padrões de produção e consumo porque, no patamar em que se encontra, já se consomem 30% a mais de recursos do que o planeta pode oferecer. Tal situação não é, com certeza, a que as nações de hoje querem deixar como herança para os futuros habitantes do planeta. Para tanto, então, é necessário que haja um efetivo movimento na educação das novas gerações, a fim de que aprendamos todos a consumir com responsabilidade social.