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As diferenças entre Oftalmologista e Oculista

Entender a diferença entre as profissões assegura uma boa escolha na hora dos cuidados especiais com a visão.

 De acordo com dados do site do médico Drauzio Varella, os olhos funcionam como uma câmera fotográfica constituída por lentes que captam a imagem e a conduzem ao cérebro, onde realmente se processa a visão, um dos sentidos que dão suporte ao processo de comunicação. 

Mas, para que o olho cumpra seu papel é preciso que haja luz. Entretanto, isso não basta se existirem alguns defeitos de visão. Por exemplo, pessoas com hipermetropia enxergam mal de perto. Nos míopes, é a visão de longe que está comprometida e quem tem astigmatismo vê tudo embaçado. Por isso o uso dos óculos, que nada mais são do que lentes criadas para corrigir esses defeitos. 
Assim, quando os olhos começam a não ver o mundo da mesma forma, algo de embaçado e esmaecido parece estar à frente de tudo são os indícios de que seja o momento de procurar ajuda especializada em visão. 
 
Mas, a quem procurar oculista ou oftalmologista?
 
Eis que surge a incerteza. Antes de recorrer ao auxílio de um dos profissionais é preciso saber a diferença entre eles. Pois é comum as pessoas confundirem os termos e acharem que ambos exercem a mesma função.
O Oculista é o profissional técnico de óptica e de laboratório de produtos oftálmicos, especializados em interpretar corretamente o receituário do oftalmologista, produzir e adaptar lentes, montar e consertar óculos, e cuidar da manutenção de ambos, além de orientar o cliente final na escolha do melhor tipo de lente e armação de acordo com cada caso. Portanto, não podem prescrever receitas médicas, e sim interpretá-las e orientar o cliente.
Os Optometristas realizam exames nos olhos e podem diagnosticar problemas. Eles receitam óculos e lentes de contato.
Já o Oftalmologista é o médico especialista da visão, que se dedica ao estudo e tratamento das doenças e erros de desvio de direção dos olhos. A oftalmologia é uma especialidade da medicina, um ramo que investiga e trata doenças relacionadas com os olhos, visão e seus anexos. Assim como diversas outras especialidades da medicina, também tem várias subespecialidades, entre elas doenças orbitárias, plástica ocular, oftalmo-pediatria, cirurgia refrativa, catarata, entre outros. Por isso, o médico oftalmologista realiza cirurgias, prescreve tratamentos e correções para os olhos.
Fique atento aos sinais da dificuldade de visão e procure o profissional adequado para diagnosticar o seu problema e prescrever-lhe o tratamento ideal. Independentemente da causa, mudanças na visão nunca devem ser ignoradas. Elas podem piorar e afetar consideravelmente sua qualidade de vida. Ajuda profissional sempre é necessária.
 
Cuidado especial com as crianças
 
Crianças que nascem nas maternidades geralmente são examinadas por médicos neonatologistas, mas nem sempre por oftalmologistas. Por isso, é fundamental que no primeiro ano de vida, de preferência até os seis meses, sejam encaminhadas para avaliação oftalmológica. O teste do olhinho pode identificar problemas como catarata congênita, cicatriz na córnea e até mesmo tumores. O diagnóstico precoce da grande maioria dos problemas visuais é garantia quase certa de evolução favorável. Detectados tardiamente, porém, exigem tratamentos complexos aos quais elas nem sempre respondem bem, ou podem ser irreversíveis.
Essa avaliação deve ser repetida aos três anos de idade e mais tarde durante o processo de alfabetização.
O diagnóstico de doenças oculares na infância é muito difícil, pois é preciso que pais e professores observem qualquer queixa da criança. Os principais problemas visuais em idade escolar são a miopia, hipermetropia e astigmatismo, conhecidos como erros de refração que podem ser corrigidos com o uso de óculos. Caso o pequeno necessite do uso de óculos, as visitas ao oftalmologista devem ser feitas entre seis e doze meses, seguindo sempre a orientação médica.  
Até os seis meses, é comum o olhinho da criança tremer esporadicamente, assim como entortar. Isso porque, nessa idade, a criança não tem a musculatura do olho bem desenvolvida. Porém se o tremor for constante é preciso que os pais procurem um especialista.
Além disso, dores de cabeça, vermelhidão nos olhos e o ato de franzir a testa podem ser outros sintomas para sinalizar anormalidades na visão de crianças. Cerca de 10% delas com menos de quatro anos necessitam de óculos. De acordo com dados recentes do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o número chega a 20% entre crianças até 10 anos e 30% para o grupo de adolescentes.
 
 
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