logo RCN

As mulheres que preferem calar-se

Dentre 84 países, o Brasil é o sétimo com mais registros de casos de homicídios femininos. A agressão contra a mulher cresce, mesmo com o silêncio de muitas delas.

 Até hoje, é incansável a luta das mulheres para conquistar direitos iguais aos dos homens (nada mais justo, com certeza). Talvez uma das maiores lutas travadas por elas hoje em dia seja para conquistar igualdade no ambiente de trabalho, no que diz respeito, principalmente, à remuneração.

Entretanto, nem toda mulher tem como principal defesa a igualdade de seus direitos, há as que lutam em casa para defender sua integridade física. Estas mulheres formam um grupo que, por causa da brutalidade, contrasta cruelmente com o grupo das grandes conquistadoras. Elas formam o grupo das humilhadas.
Essa classe feminina que ainda sofre nas mãos dos homens chegou a contar com 111 mulheres mortas em 2010 (a cada cem mil habitantes), de acordo com o mapa da violência elaborado pelo Instituto Sangari. Lages, aqui na Serra Catarinense, é um dos municípios que mais aponta violência contra a mulher no estado, apresentando em um ano um aumento assustador de dois para doze homicídios em 2010. Em média, 68,8% dos atendimentos são às mulheres vítimas de violência doméstica, e em quase metade das situações o praticante da agressão é o parceiro ou ex-parceiro da mulher.
Mesmo com uma lei específica para tratar do caso e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, o Instituto Sangrari traz dados que apontam números elevados desse tipo de violência, os quais foram contestados por César Augusto Grubba, Secretário de Estado de Segurança Pública.
É claro que não somente essa como qualquer pesquisa soma somente dados que são apresentados, mas todos sabem da existência das mulheres que pensam que o temor de morrer, é maior do que o de continuar a ser agredida. Por isso, o medo de denunciar é uma grande pedra no caminho durante a luta contra esse tipo de violência, marcando de forma negativa a realidade dos dados.
Em Abdon Batista, o silêncio não foi a opção escolhida por M. G. L, de 37 anos, a qual foi vítima de abuso sexual. Ela é natural do estado de Goiás e há alguns meses reside em Abdon Batista devido à construção da usina hidrelétrica. A mulher foi abusada sexualmente na noite de domingo, 19 de agosto, enquanto voltava do trabalho. De acordo com informações repassadas ela não conhecia o agressor, o qual a levou para uma construção e a agrediu sexualmente. Durante o registro do boletim de ocorrência, uma fotografia do acusado, cujas iniciais são C.A.M. foi apresentada à vítima, a qual o reconheceu. 
De acordo com ela, o que a deixou indignada foi a falta de assistência, tanto da polícia como dos órgãos públicos municipais, sendo que para ir até o IGP, na cidade de Lages, contou com a ajuda de pessoas conhecidas, não tendo nenhum apoio naquele momento difícil.
Em contato com a secretaria de Assistência Social do município de Abdon Batista, o fato ocorrido com a moradora só passou a ser de conhecimento delas na quinta-feira (24), quando a vítima procurou a prefeitura municipal. De acordo com a assistente social, assim que souberam do fato procuraram a vítima para dar o atendimento necessário.
De acordo com informações da polícia civil de Anita Garibaldi, um inquérito foi instaurado  e seguem as investigações para apurar os fatos e informações repassadas.
 
APAE de Anita Garibaldi recebe ação voluntária Anterior

APAE de Anita Garibaldi recebe ação voluntária

Obras de saneamento de Capão Alto iniciam esta semana Próximo

Obras de saneamento de Capão Alto iniciam esta semana

Deixe seu comentário