Os Jogos Olímpicos, que acontecem em Londres, de 27 de julho a 8 de agosto, deverão proporcionar-nos momentos de encanto e admiração pela habilidade dos esportistas nas mais diferentes modalidades. É uma oportunidade de retomarmos velhos hábitos, movimentarmos o corpo e deixarmos a preguiça de lado, mas sem a pressão de competir com alguém.
Você sabia que a diabete tipo II (doença que eleva o açúcar no sangue depois que a pessoa já é adulta) e a arteriosclerose podem ser prevenidas com a prática constante e moderada de exercícios físicos? E que se exercitar regularmente reduz a ansiedade e o estresse, aumentando a autoestima e a cognição, e é um forte aliado no combate à depressão?
Pois é, hoje existem várias alternativas para a prática de esportes, Todos os bairros possuem academias que oferecem musculação, aeróbica, natação, boxe, etc. Mas o fato de existirem não significa poder pagar, ter companhia para ir, estar estimulado para começar, entre outros senões que nos mantêm presos à irresistível cadeira.
Mudanças necessárias – A necessidade de estar em conforto permanente subtraiu do nosso dia a dia atitudes que nos faziam bem à saúde e nem notávamos. Jogar futebol, brincar de pegar, jogar bolinha de gude e subir em árvores, apesar dos desesperos das mães, faziam-nos exercitar nossos músculos sem sentir. Depois, era só dormir um sono profundo e reparador. E tudo sem isso sem precisar pagar ou criar empecilhos para ir à academia.
Neste tempo histórico em que a cadeira do computador e a poltrona da TV nos aprisionam, movimentar-se é uma questão de saúde e até de sobrevivência. Mudar alguns hábitos como ir a pé ou de bicicleta no lugar de usar o automóvel, usar a escada em vez do elevador, dançar, fazer caminhadas, entre outras, são formas econômicas de os adultos se exercitarem e demonstrarem aos mais novos a importância do corpo e sua ligação estreita com a mente para conquistar uma vida saudável.
Essa é a nossa parte na construção do bem-viver. Mas não podemos esquecer as tarefas de que cabem ao poder público e requerer a sua efetivação, para que assim possamos caminhar nas ruas sem sofrer assaltos ou agressões; para que andar de bicicleta não se transforme em um esporte radical; para que nas aulas de Educação Física aprendamos a manter o nosso corpo saudável pelo resto das nossas vidas; e, finalmente, um transporte coletivo organizado para que se possa deixar o automóvel em casa, beneficiando a nossa saúde e o meio ambiente.
Em tempo: além de prevenir várias doenças e ser um importante fortificante do sistema imunológico, a prática de exercícios físicos libera substâncias no cérebro que proporcionam uma sensação de paz e tranquilidade. São as endorfinas, neurotransmissores que estimulam as áreas do bem-estar e do prazer no cérebro.
Mexa-se e tenha prazer!
Referência:
DORNELLES, A. N. Rogério. Atividade Física: os músculos do prazer. Jornal Mundo Jovem – Porto Alegre, RS, junho de 2012.
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