Um dos principais problemas para o relacionamento homem-natureza, é a situação do lixo.

Um dos principais problemas para o relacionamento homem-natureza, é a situação do lixo.

No início desta semana, o Presidente Lula lembrou de sancionar a Lei Nacional dos Resíduos Sólidos, ou popularmente Lei do Lixo, que tramitava há 20 anos no congresso. A nova lei espera por fim aos lixões em quatro anos, às vésperas da Copa do Mundo, além de estabelecer responsabilidades divididas entre governo, indústria, comércio e consumidores sobre o destino final dos resíduos que produzirem.

Tem-se discutido muito sobre melhores formas de tratar ou eliminar o lixo, seja ele doméstico, hospitalar, industrial, entre outros, mas todos devem saber que quando tentamos mudar nossa relação com o lixo, estamos automaticamente designados a encarar mudanças no nosso cotidiano. A redução do lixo altera, consequentemente, o comportamento social, afinal o que é o lixo se não o espelho da sociedade em que vivemos.

A partir desta lei, as prefeituras não poderão mais construir lixões. Elas deverão começar a trabalhar na construção de aterros sanitários. Este é o modo mais barato de eliminar resíduos, mas depende da existência de locais adequados. Agora quando o consumidor fizer o trabalho de separar seu lixo, vai ter certeza de que aquele trabalho terá continuidade.

O país começa a se organizar nesse assunto tão sério, estabelecendo responsabilidades para todos os envolvidos no processo de produção de lixo, mas resta saber ainda se a lei vai pegar, daí a importância da fiscalização, que neste caso deverá ser bem abrangente, indo "do chão de fábrica a cozinha caseira". É importante investir também em educação, afinal leis simplesmente não podem mudar a maneira como as pessoas vivem e agem, somente a consciência é capaz disso.