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Bullying e assédio moral

O bullying é uma situação de agressão física e/ou psicológica com características próprias, que acontece entre pares. Pode ocorrer entre alunos, entre funcionários, não importa a idade. Não existe uma relação hierárquica nesta relação, pois os envolvidos são do mesmo grupo. O que existe é uma relação de força maior, por isso um agride e o outro não reage.

Já o assédio moral a agressão, quase sempre verbal, psicológica, moral acontece entre pessoas de hierarquia diferentes. Ou seja, do professor para o aluno, do chefe para seus subordinados. Nesta relação entre desiguais, um agride e o outro não reage justamente por causa da sua relação hierárquica inferior.

Muitas crianças vítimas de bullying desenvolvem medo, pânico, depressão, distúrbios psicossomático e evitam retornar à escola. A fobia escolar geralmente tem como causa algum tipo de violência psicológica. Segundo Aramis Lopes Neto, coordenador do programa de bullying da Associação Brasileira de Pais, Infância e Adolescência, a maioria dos casos de bullying ocorre no interior das salas de aula, sem o conhecimento do professor. Também faz parte dessa violência impor à vítima o silêncio, isto é, ela não pode denunciar à direção da escola nem aos pais.

Para evitar isso, pais devem acompanhar seus filhos regularmente à escola, procurar conhecer seus colegas, conversar diariamente com ele questionando como foi o dia escolar, bem como perguntar sobre brincadeiras e tarefas. Vale complementar que além de ficarem atentos aos colegas de seus filhos, os pais deverão também prestar atenção aos professores, pois a criança, jovem ou adolescente poderá ser alvo do assédio moral feito pelos próprios educadores que deveriam repudiar tal conduta e acabam, infelizmente, praticando-a.

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