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Como superar as sequelas da COVID-19?

No dia 30 de novembro de 2020, a anitense Lizete de Fátima Ambrosio Amorim, de 63 anos de idade, recebeu a confirmação que estava com COVID-19. Febre, falta de ar, cansaço, dor de cabeça, vômito, diarreia e quadro extremo de ansiedade, eram os sintomas de Zete, como é mais conhecida. Sendo hipertensa, possuindo bronquite asmática, diabética, sedentária e ainda com o fator da idade, a COVID afetou a saúde física e também a psicológica.

"Não tinha forças. É um desespero tão grande que a gente acha que vai morrer", contou Zete. Além dela, anteriormente, duas netas e uma filha contraíram Coronavírus.

Passados os dias de isolamento, o que Zete não imaginava aconteceu: "O mais desesperador foi que passou o ciclo do vírus e eu continuei com alguns sintomas, tinha falta de ar e cansaço", relata.

Zete teve os chamados sintomas tardios e, logo após a conclusão do isolamento, iniciou as sessões de fisioterapia respiratória. "Cada sessão que eu fazia, sentia que melhorava. É importante as pessoas saberem que têm como curar sequelas da COVID e é importante valorizar este trabalho que recebemos de forma gratuita. Vale ressaltar que é um método de recuperação sem uso de medicamento", destaca a paciente.

A fisioterapeuta da Unidade de Saúde, Bianca Neves, relata que acompanhou Lizete desde o diagnóstico positivo para COVID, durante o isolamento observando os sintomas e posteriormente nas sessões de fisioterapia. "Quando ela teve alta do isolamento, realizou um exame que mostrou o comprometimento de 25% do pulmão. Os pulmões estavam fazendo um esforço muito grande para conseguir oxigenar o corpo, que era onde ela falava sobre o cansaço. Como ela estava com essa sequela, foi realizado um programa de reabilitação pulmonar, onde buscávamos trabalhar aquela região afetada do pulmão. Foram feitas sete sessões, todas pela Unidade de Saúde usando os aparelhos de fisioterapia respiratória e mais as técnicas de padrão respiratório para que fosse possível reverter esse cansaço. Quando ela repetiu o exame, em 19/01, mostrou que não tem mais sequelas no pulmão", comentou Bianca ao celebrar a boa notícia.

Zete teve como sequela uma pneumonia viral provocada pelo Coronavírus e, por meio das fisioterapias, diz sentir-se bem. "Agora minha vida voltou ao normal. Agradeço a minha família que me apoiou muito e sou muita grata a Bianca e toda a equipe por todo apoio, atenção e cuidado, que me fizeram estar bem e recuperada da COVID". Ela faz um alerta: "É preciso se cuidar sempre, ninguém sabe o que pode acontecer ao estar com COVID. Temos que pensar em nós e nos outros".

Observar os sintomas tardios e procurar ajudar é fundamental, conforme explica a fisioterapeuta Bianca: "Quem teve COVID e apresenta alguma dificuldade respiratória pode estar vindo até a Unidade Básica de Saúde procurando o setor de fisioterapia. Se for o caso encaminharemos para realização de exames complementares e senão for o caso já inicia a reabilitação. Mas é extremamente importante realizar a reabilitação precoce da COVID, quanto antes começar, menor será a sequela. O caso da Zete é um exemplo de recuperação por meio da reabilitação através de sessões de fisioterapia. Agora ela está de alta".

O secretário de Saúde, Rodrigo Gehrke, explica que o município está buscando mais equipamentos para trabalhar com a fisioterapia respiratória. "Uma grande parte dos pacientes fica com sequelas, principalmente a dificuldade respiratória e a fisioterapia trabalha na reabilitação. Desses pacientes com sequelas, constatamos que a maioria são idosos. Procurem o setor de fisioterapia da Unidade de Saúde, estamos preparados para atender a todos que precisarem", frisou o secretário.

Segundo dados, dos 588 casos recuperados (dados de 26/01), entre 10 a 15 pacientes procuraram a Unidade de Saúde para tratar sequelas da COVID.


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