Desde o início do ano os encontros vêm acontecendo em diferentes cidades da Região da Amures e já reuniram doze municípios da região, incluindo o município de Celso Ramos.

Durante os encontros muitos temas foram discutidos, porém o foco principal está na criança e no adolescente, por acreditarem ser eles os mais vulneráveis a inúmeras situações vivenciadas diariamente e merecem uma atenção especial.

Além de todo o conhecimento, troca de experiências adquiridas durante os encontros, será elaborado uma cartilha, que eles chamam de produto final, na qual constará de forma simples e objetiva os direitos das crianças e adolescentes e a promoção desses direitos, além de apresentar esse trabalho a diferentes parceiros e segmentos da sociedade.

De acordo com Tomás, essa parceria se originou dentro do programa Fome Zero e veio com a proposta de trabalhar com aquelas pessoas, as quais recebem recursos do governo federal, como bolsa família. Porém, em 2007, o foco se ampliou para todas as cidades que possuem uma vulnerabilidade social.

Para Erli, esses encontros servem para troca de experiências, analisar o que está acontecendo, pois muitas vezes os problemas são parecidos e as soluções podem vir a ser parecidas também, além de conhecer os municípios e a realidade como os conselheiros atuam. “Nessa etapa estamos pensando em planejamento estratégico que possa ser levado aos gestores públicos, gestores do FIA municipal, estadual a ponto de transformar essas ideias em uma política da região envolvendo crianças e adolescentes”, comentou Erli.

As atividades desenvolvidas no encontro em Anita Garibaldi tiveram foco voltado às ações que podem ser desenvolvidas no município para a juventude e com a juventude, o que pode ser implantado e o que falta na região para envolver os jovens em atividades diferenciadas e mostrar que todos devem trabalhar juntos, todas as esferas municipais não deixando o trabalho somente para os conselhos tutelares, os quais, na visão de Erli, ainda possuem muitas dificuldades, principalmente no apoio e na falta de contrapartida dos gestores públicos. “Falta estrutura para os conselheiros tutelares trabalhar. Eles tornaram-se os pára-raios para a solução de inúmeros problemas que poderiam ser resolvidos sem a intervenção do conselho”, frisou a coordenadora colocando ainda que com novas leis que estão surgindo os conselheiros terão mais tempo para qualificação, participação de cursos de capacitação e análise das situações encontradas diariamente.

Outro ponto de destaque do curso é a divulgação e a garantia de que o Disque 100 seja utilizado, pois ele tornou-se referência e não diz respeito somente a exploração sexual de crianças e adolescentes, mas também inclui a preservação de idosos, deficientes, moradores de rua, mulheres, enfim todos os tipos  de direitos humanos violados.