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CONSUMO CONSCIENTE

identidade de cada um de nós precisa ser trabalhada logo na nossa infância, pois esse é o método mais eficaz para não nos tornarmos adultos com pulso fraco, uma situação em que, facilmente, seremos ludibriados pela beleza do "ter" ou do "estar na moda". Se não começarmos a ponderar nossa mania de querermos ser iguais a todo mundo e, como primeiro sinal desse descontrole de conduta, começarmos a comprar as mesmas coisas que todo mundo compra, sem pensar em nossa real necessidade, em pouco tempo, iremos à falência e à frustração, pois desejos não controlados sempre prejudicarão os nossos bolsos e nosso comportamento. Para que isso não se perpetue, o ideal será introduzir conceitos reais do valor do dinheiro às nossas crianças, que sofrem diariamente os reflexos de um consumismo sem rédeas.

Nossos pequenos não podem ser privados de tais conhecimentos, pois são indispensáveis para que o futuro de cada um deles seja menos conflituoso financeiramente do que é o nosso tão tumultuado presente, já condicionado pela ausência de orientações fundamentadas na prática direta com a realidade. Na nossa infância, muitos de nós não tínhamos acesso a veículos de comunicação da forma como temos hoje. Naquela época, quase só se comprava à vista. Hoje, financiamos em longos meses algo de que nem sempre precisamos. E isso nos impede de investir e de poupar.

Nada mais lógico do que oferecer a cada criança as orientações necessárias para que saiba administrar com consciência o seu próprio dinheiro, pois essas orientações a farão mais consciente no exercício da cidadania. A educação econômica precisa ser inserida no currículo escolar, pois todas as crianças necessitam do acesso a noções de poupança, investimentos, consumo, financiamento de bens. Elas precisam de orientações sobre como entender a sutil diferença entre o que é realmente necessário e o que apenas se deseja comprar.

Não podemos fugir completamente do consumo, porém reflitamos sobre a lógica que nos mantém consumidores e sobre as posturas que podemos adotar frente ao sistema que nos move. Compreender os reflexos e os impactos desse consumo diz respeito a um consumidor consciente. É preciso pensar nas possibilidades de adotar uma atitude de consciência frente aos nossos atos, visando a minimizar os efeitos nocivos na natureza que se revertem em males ao próprio ser humano. É salutar, também, repensar os nossos valores enquanto humanos, dotados de sentimentos e emoções que não podem ser contabilizados.

 

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