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CONTROLE SUA RAIVA
"Aquele ali nunca vai ter um infarto, porque coloca para fora toda a sua raiva". Quantas vezes dissemos isso? Há um senso comum de que "guardar" a raiva faz mal à saúde. Mas ao contrário do que muita gente pensa, são as pessoas que têm raiva fora de controle que mais adoecem. Elas têm de quatro a cinco vezes mais chance de desenvolver doença do coração, assegura o médico psiquiatra e clínico geral Cyro Masci. Segundo ele, durante episódios de agressividade explícita a pressão arterial sobe e o cortisol chega a ser secretado até 20 vezes mais que o normal.
Quem fica com raiva muito seguidamente tem esses sintomas exacerbados, o que faz mal à saúde. No meio científico, é bastante aceito o princípio de que a agressividade não é o único fator emocional que leva a doenças, mas com certeza ocupa lugar de destaque entre eles. Por outro lado, diz Mesci. Pessoas que controlam a raiva podem até sentir maior desconforto na hora, mas não têm tantas mudanças no organismo.
O médico cita um exemplo: Você está esperando o elevador, que demora. Seu corpo se contrai e você sente ímpetos de esmurrar a porta? Pensa no possível idiota que está segurando-a e começa a andar de um lado para o outro e a resmungar? Espera a porta se abrir para exclamar de modo irônico que ainda bem que ninguém tem pressa, num cinismo que é uma forma de raiva bastante comum? Não importa qual seja o seu caso, diz Masci, a raiva precisa ser digerida.
"Se desejar viver mais e melhor, aprenda a dar um fim na agressividade, a aprimorar sua tolerância e a aumentar o "pavio curto". Difícil? Ele assegura que é possível. O primeiro passo é não aceitar a agressividade como uma coisa inerente à sua personalidade, e admitir que você tem uma tendência a ser hostil e que está tentando mudar. Contar até dez antes de agir é outra maneira de aumentar a tolerância. E a terceira recomendação de Masci: finja que cada dia é o último de sua existência na terra. Você descobrirá que só ficará irado com coisas muito importantes, e que na verdade nada é tão importante assim.
Referência: BEVILACQUA, Viviane. Controle sua raiva. Diário Catarinense. Florianópolis, 12 de julho de 2016.
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