A corrupção está em todos os lugares. A estimativa é de que a corrupção consuma 2,6 trilhões no mundo, suficiente para acabar a fome de populações inteiras.
A população pós-moderna está cada mais organizada. O almejado Estado de bem-estar social consiste em uma das grandes promessas dos países em desenvolvimento. Para chegar lá, é necessário atacar de frente o grande mal: a corrupção. Na vida de Machado de Assis, a vaidade é um princípio da corrupção. A Igreja Católica vai além. O papa Francisco, que dedicou ao assunto, afirma: “... o corrupto não conhece a fraternidade ou a amizade, só cumplicidade”.
Definida como ato de subornar alguém para levar vantagem, a corrupção está em todo lugar. Quando se escapa de uma multa, quando se fura a inscrição em um programa social, quando se utiliza de acesso privilegiado para sair na frente dos outros, e até mesmo quando se falsifica uma simples carteira de estudante para alegar maioridade a um instituição, está praticando um ato de corrupção.
A questão alcança proporções estratosférica ao envolver interesses políticos e grandes organizações empresariais. Hoje a estimativa é de que consuma US$ 2,6 trilhões no mundo ao ano, recursos suficientes para reerguer economias nacionais e acabar com a fome de populações inteiras.
A Lei Anticorrupção, que paira no limo há anos no Congresso, só sancionada em agosto, após o clamor dos movimentos sociais que ganharam as manchetes nacionais e internacionais. Prevista para entrar em vigor em 2014, a legislação responsabiliza administrativa e civilmente as empresas atos conta a gestão pública. A própria prisão dos mensaleiros revela um novo comportamento da Justiça. Nos traz esperança, acima da experiência. Porém, é preciso tornar regra a punição para os responsáveis por crimes ao patrimônio público e dolo moral à sociedade.
Referência:
AGUIAR, Gilberto dos Passos. A corrupção está em todos os lugares. Diário Catarinense, Florianópolis, 12 de dezembro de 2013.
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