Com o desenvolvimento tecnológico, é cada vez maior o número de equipamentos eletrônicos descartados pelas pessoas
As pessoas passam seus dias rodeadas de máquinas e assessórios tecnológicos que nunca seriam imaginados por elas há alguns anos, mas hoje em dia, elas já não conseguem passar seu dia a dia longe desses equipamentos.
A tecnologia impõe costumes e um ritmo de vida para grande parte da humanidade, o que ela não percebe, ou finge não perceber, entretanto, é que ninguém está livre de sofrer uma série de consequências, as quais atingem principalmente a saúde das espécies que habitam a Terra.
Desde a extração de elementos que servirão para a produção de um novo produto, como um celular, por exemplo, até a chegada dele ao consumidor, muitos processos industriais que agridem o meio ambiente são realizados, mas nenhum problema é tão visível e noticiado como o descarte inadequado desses produtos, principalmente quando feito diretamente na natureza.
Hoje, cerca de cinquenta milhões de toneladas de lixo eletrônico são produzidos no mundo por ano. Computadores, celulares, eletroeletrônicos e eletrodomésticos fazem parte desta montanha de produtos usados, ultrapassados e descartados em um período de tempo muito curto, graças ao avanço constante de novas tecnologias, que diminuem o tempo de utilidade dessas peças.
De ano em ano, muita gente espera pelos lançamentos de novos produtos ou atualizações de produtos que já existem. Elas já estão acostumadas com as constantes novidades tecnológicas e sem querer reúnem um pequeno acervo de utensílios em perfeito estado de funcionamento que deixaram de ser usados.
Pessoas procuram locais certos onde deixar o lixo eletrônico
O principal perigo do lixo eletrônico está nas substâncias tóxicas encontradas nele, as quais, quando são inaladas, entram em contato com a pele ou atingem a água ou alimentos, causam danos à saúde como distúrbios no sistema nervoso, problemas nos rins, pulmões, cérebro e envenenamento. Assim como nenhum tipo de lixo deve ser descartado diretamente na natureza, o eletrônico também precisa de um destino correto.
Algumas empresas que fabricam componentes ou aparelhos eletrônicos recebem aquilo que é descartado pelos consumidores.
Aqui na Região dos Lagos, já aconteceram diversas campanhas realizadas por escolas e outras instituições para conscientizar as pessoas sobre a destinação correta desses materiais e diversos municípios. Um exemplo disso foi a campanha Recicla CDL, realizada pela CDL de Abdon Batista no mês julho, quando uma empresa de Joaçaba especializada na coleta desse material foi ao município.
Moisés Freitas, proprietário de uma loja de informática que também faz reparos em computadores e impressoras, diz que o estabelecimento não produz muito lixo eletrônico, mesmo assim o que produzem tem destinação correta junto a uma empresa de reciclagem anitense, a qual faz a triagem para separar o material que pode reciclar. “Muita gente ainda guarda por um tempo produtos eletrônicos quando quebram, mas a gente recebe esses materiais das pessoas que querem dar um destino adequado para eles. Uma parte do lixo que nós produzimos ainda é reaproveitado por nós mesmos em produtos manufaturados”, diz Moisés.
Anita Garibaldi conta com uma empresa de reciclagem, a qual, de acordo com o proprietário, Jair Pegoraro, é bastante procurada pelas pessoas que querem dar um destino correto aos eletrônicos que não são mais utilizados. “Aqui na reciclagem a gente separa plásticos e outros materiais que podemos reciclar daqueles que não podemos, como placas eletrônicas e metais. Oque não utilizamos, enviamos para uma empresa especializada em Lages, a qual dá o fim adequado a eles”, diz Jair, lembrando ainda que eles foram procurados e orientados pela Fundação do Meio Ambiente (FATMA) para proceder dessa forma.
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