O Gaeco em Vargem

A legislação orienta a não divulgação de nomes envolvidos em investigações até porque, antes de sentença transida em julgado, não há de se tratar ninguém como condenado. E expor nomes se constitui, de certa forma, uma condenação pública. Porém, mesmo não citando nomes, fica inequívoca se tratar deste ou daquele agente público, quando há investigações específicas em certos municípios.

Foi o que aconteceu nesta semana em Vargem. O Gaeco cumpriu mandados de busca e apreensão em Campos Novos e São José, além de coletar documentos numa empresa que lida com pavimentação asfáltica em Lages. Mas foi em Vargem o trabalho mais amplo. Um Promotor de Justiça passou a manhã da terça-feira, 05, na prefeitura recolhendo provas, a partir de autorização da Justiça (TJ/SC).

A investigação não se refere à atual gestão do prefeito Peixe. Consta que haveriam provas da entrega de dinheiro na rua, a partir de encontros marcados para esse fim. Razão da operação se chamar ‘Via Clandestina’. O desdobramento se saberá adiante, mas poderemos ter liderança política se recolhendo das lidas públicas, a partir desse trabalho do Gaeco.

TANQUE, CERRO NEGRO – Desafio de prefeitos e comunidade, a questão do fornecimento de água em comunidades rurais tem uma solução importante na localidade de Tanque. O prefeito Adelar de Morais (Lai) conseguiu viabilizar uma parceria com o Governo do Estado, via Casan, para estender uma rede desde a sede de Cerro Negro até o Tanque. A rede beneficia Estrada Boa Rural’ esse trecho com rede de água receberá também pavimentação asfáltica.

CAMPOS DE ALTITUDE – Não é o fim da novela, mas um capítulo importante. Trata-se de uma liminar do Ministro Gilmar Mendes (STF), a partir de pedido do Governo de SC. A decisão determina a suspensão de todos os processos que envolvem a discussão da validade ou não do Código Ambiental Catarinense ou a legislação aplicada pelo Ibama, em relação aos chamados ‘campos de altitude’.

ENTENDA O ASSUNTO – Se valer o entendimento do Ibama, até áreas de municípios como Campo Belo do Sul, Cerro Negro, além de Capão Alto (Coxilha Rica) podem ficar engessadas e impedidas de exploração para lavoura e pecuária. O Código Catarinense prevê que campos de altitude é área a partir de 1.500 metros em relação ao nível do mar. O entendimento do Ibama é de que são 400 metros de altitude que precisam ter proteção e limitações de exploração para o agro. Assunto para ficar de olho!

NA AGRICULTURA EM BRASÍLIA – Não é porque a Capital Federal está naquele clima tenso envolvendo a prisão de Bolsonaro e as nuances do tarifaço dos EUA que os municípios deixarão de seguir buscando recursos. Até porque, existe vida, pós-prisão do mito. Nesse sentido, cumpriu agenda nesta semana em Brasília o prefeito Adelar de Morais, o Lai. Em um dos compromissos, esteve no Ministério da Agricultura. Na agenda com ele a prefeita Sadiana Mello (Capão Alto), Célio Pereira (Campo Belo) e vereadores.

CAMPO BELO DO SUL – Quem também boleou a perna até Brasília foi o prefeito Célio Pereira (PSD). Acompanhado de lideranças de Campo Belo do Sul ele tem o mesmo foco: apresentar demandas e buscar recursos federais para ações, inclusive no setor agrícola do município. A infraestrutura viária no interior é um dos gargalos que Célio Pereira tenta atacar. Mas sem um montante robusto de recursos não é possível fazer muito. O secretário de Obras de Campo Belo (que também é vereador), o popular Corvo, lá estava, assim como outros integrantes de legislativos dos municípios.

MAIS AO FREI ROGÉRIO – Vereadores anitenses pedem ao prefeito Menegazzo, através de um requerimento, que o valor de R$ 15 mil mensais repassado pela prefeitura ao Hospital Frei Rogério seja reajustado. Argumentam que a instituição de saúde mantém as portas abertas inclusive nos finais de semana, atendendo todos, sem distinção. Vale lembrar que a prefeitura não faz um favor ao hospital, quando repassa os recursos. Cabe aos municípios ofertas à população os serviços de urgência e emergência na área da saúde. Faz isso através de estruturas próprias (hospital ou UBS), ou por convênio delegando a terceiros, que é o caso de Anita, em relação à parceria com o Hospital Frei Rogério.

COSTELAÇO 2025 – Todo o ano o ritual se repete, inclusive a oportunidade de registrar e aplaudir também. Foi mais uma edição do Costelaço em prol do Hospital Frei Rogério que reuniu voluntários, lideranças e comunidade. Iniciativa da entidade Mantenedora do Hospital de Anita, a ação permite arrecadar recursos para a instituição e, ao mesmo tempo, serve de exemplo de engajamento e apoio da coletividade.

REFIS EM ANITA – Tão importante quanto implementar o Refis é exteriorizar a providência para beneficiar o maior número de pessoas. A partir do dia 18 de agosto (até 19 de setembro), contribuintes de Anita Garibaldi podem aderir ao programa. Quem optar por pagar à vista ou parcelar no Cartão, tem 95% de desconto sobre multas e juros. Há outra opção de parcelar em 3 vezes com 70% de desconto. O mais importante é que se constitui oportunidade de ficar em dia com a prefeitura e, por sua vez, o poder público, agregar uns pilas a mais nos cofres.

PELA ESQUERDA – Anitense Fernando Henrique de Oliveira fez questão de comemorar com o deputado Fabiano da Luz a eleição para a presidência do PT catarinense. Desde o princípio havia crença no êxito na disputa especialmente no segundo turno contra a deputada Luciane Carminatti. Agora é ‘deitar o cabelo’ para retirar o PT do comodismo e tentar dar fôlego, votos e mandatos aos petistas de SC.

PELA DIREITA – As duas principais figuras da direita catarinense com atuação na Câmara dos Deputados foram irônicas ao reagir à prisão (domiciliar) imposta a Jair Bolsonaro. No dia seguinte à decisão do Ministro Alexandre de Moraes (STF), deputados Zé Trovão e Carol De Toni, colocaram mordaças nas próprias bocas em protesto no plenário da câmara. Assunto continuará rendendo e, infelizmente, esse embate poderá fazer com que a conta sobre para todos nós.

PELO CENTRO... – Interpretações para a gente que é mais ligado às lidas campeiras das encrencas envolvendo Brasil e EUA. Eduardo Bolsonaro provocou – e ele mesmo afirmou isso - as tais medidas tarifando os produtos brasileiros. Porém, há quem veja Eduardo como ‘boi de piranha’. Trump jogou o filho de Bolsonaro para ser devorado enquanto adota medidas para proteger a economia americana. Em outra interpretação, Eduardo Bolsonaro estaria vendo Lula e o STF como carrapatos e o Brasil seria o boi. Daí para acabar com o carrapato, o rapaz estaria sacrificando o boi. Metáforas que têm lá seus sentidos. Penso!