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entrevista

Tadeu Soares, campobelense laçador e domador de animais

 No mesmo dia em que laçadores foram homenageados pela câmara de vereadores de Campo Belo do Sul pelos títulos conquistados no 29º Rodeio de Vacaria, conversamos com um laçador que já conquistou três títulos no mesmo rodeio em anos passados. Tadeu Soares, 56 anos é casado e pai de três filhos, destes dois seguiram os passos do pai e também guardam troféus e títulos. Tadeu trabalha há 12 anos no hospital Nossa Senhora do Patrocínio em Campo Belo do Sul.

 

Correio dos Lagos – Desde que idade o senhor pratica este esporte?

Tadeu Soares – Desde os quatorze anos de idade e desde que comecei sempre fiz parte do CTG Fronteira Campobelense.

 

Correio dos Lagos – Muitos títulos durante esses quarenta anos dedicados aos rodeios?

Tadeu – São vários, mas os que recordo com amor foram os conquistados em Vacaria nos anos de 1982, 1986 e 1988. Também fui campeão da seleção de Santa Catarina várias vezes e em rodeios na região.

 

Correio dos Lagos – Como foi trazer o título de campeão naquela época para o município?

Tadeu – Foi muito bom, a competição já era grande e a gente ganhar o primeiro lugar foi bom e a primeira vez que ganhamos o pessoal reconheceu.

 

Correio dos Lagos – Nesse tempo qual era a premiação?

Tadeu – Lembro que no primeiro rodeio em que fui campeão, ganhei um touro, no segundo foi troféu e no terceiro ganhei uma égua quarto de milha pura. Antes o pessoal participava por amor aos rodeios e hoje já virou profissão e a disputa envolve prêmios maiores como por exemplo os carros que entram na disputa.

 

Correio dos Lagos – Os filhos seguiram os passos do pai?

Tadeu – Sim, os meus filhos me acompanham. O Eraldo tem 34 anos  e o Diego está com 28 anos e desde pequenos já me acompanham. A nossa equipe sempre é formada por mim e pelos filhos. É muito bom laçar com eles e trazer para casa títulos como o que ganhamos no último rodeio na cidade de Xanxerê, na categoria pai e filho.

 

Correio dos Lagos – Os netos também irão seguir os passos?

Tadeu – Alguns gostam, outros não, mas tem os que já seguem e espero que continuem.

 

Correio dos Lagos – Como é fazer parte da história do CTG que completa este ano cinquenta anos?

Tadeu – Desde de que comecei nunca mudei de CTG. Toda a vida participei e acompanhei a história com a passagem de vários patrões e hoje temos o patrão Osni Antunes que já faz mais de vinte anos que está a frente do CTG. É o único patrão e não tem o porquê mudar.

 

Correio dos Lagos – Participar dos rodeios é o único esporte?

Tadeu – Sim. Esse é o meu único esporte e lazer.  Gosto de laçar e participar dos rodeios na região.

 

Correio dos Lagos – O senhor domava animais. Como era essa experiência?

Tadeu – Eu nasci e me criei na fazenda Santa Terezinha. Morei lá por 45 anos e aprendi com meus irmãos mais velhos a domar os animais xucros. Demorava em média seis meses para deixar o animal pronto. Hoje querem fazer esse trabalho em sessenta, noventa dias mas o animal não fica bom. A experiência era boa, hoje ainda faço, mas morando na cidade é mais complicado.

 

Correio dos Lagos – Como o senhor vê a mudança nos rodeios?

Tadeu – Antigamente a gente laçava só pelo troféu. Hoje virou negócio, profissão e se não tiver dinheiro não laçam. Antigamente era tradição e laçavam por esporte e hoje não é mais assim e isso atrapalha um pouco pois eles participam por causa do dinheiro. Antes eles não cobravam a inscrição, mas hoje os valores cobrados são altos.

 

Correio dos Lagos – É fácil participar de rodeios nos dias de hoje?

Tadeu – Hoje não está muito fácil devido aos preços cobrados pelas inscrições, pois deixou de ser um esporte e virou profissão. Sempre procuro participar e graças a Deus consigo pois tenho patrocínios.

 

Correio dos Lagos – E o tratamento dos animais, procura preservá-los?

Tadeu – Ah! sim, meus animais são bem tratados, sempre gosto de tratar bem e preservá-los.

 

Correio dos Lagos – Pretende continuar?

Tadeu – Pretendo, enquanto puder vou continuar.

 

Correio dos Lagos – Algum conselho para quem está iniciando?

Tadeu – Que façam com amor e preservem o tradicionalismo.

 

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