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Entrevista com Antonio Alexandre Adamy

Antonio Alexandre Adamy, 36 anos, filho de José Alvaro Adamy e Nilza Maria Adamy é formado em Administração e Comércio Exterior. Nasceu na cidade de Campos Novos, porém morou em Anita Garibaldi até os 14 anos, após foi embora para Florianópolis. Atualmente mora em São Paulo, mas mantém um vínculo afetivo com o município, por possuir grandes amigos e familiares que ainda residem em Anita.

 Alexandre trabalha na empresa DHL, uma companhia no setor de logística e na entrevista colocará um pouco de como está este setor no Brasil.

 

 

Correio dos Lagos -  Fale um pouco da empresa que atua.


Antonio Alexandre Adamy - A DHL é a companhia líder global no setor de logística. A empresa é especializada em serviços expressos internacionais, frete aéreo e marítimo grandes cargas, transporte rodoviário e ferroviário, armazenagem e distribuição, além de atuar também na área de correio internacional. Está presente em mais de 220 países, com mais de 275 mil colaboradores em todo o mundo, oferecendo excelência operacional e conhecimento do mercado local para satisfazer às necessidades da cadeia de suprimentos de seus clientes. A DHL assume sua responsabilidade social ao apoiar a proteção ao clima, o auxílio a desastres e a educação.

A DHL faz parte do grupo Deustche Post DHL que gerou receita de mais de 53 bilhões de euros em 2011. 

 

Correio dos Lagos -  Qual sua função na empresa?


Alexandre - Sector Head : 

Executivo principal para o setor automotivo Brasil DHL Global Forwarding.

 

Correio dos Lagos -  Como é trabalhar com logística no Brasil?


Alexandre - Não é nada fácil, tendo em vista as dificuldades, falta de infraestrutura logística no país e os desafios que enfrentamos todos os dias para que consigamos cumprir os contratos e atender as expectativas dos nossos clientes, em especial da indústria automobilística onde a logística precisa ser “Just in Time”.

Estamos falando de um modelo ideal de crescimento sustentável, com uma abordagem responsável da malha de distribuição portuária e aeroportuária nacional. É necessário que sejam elaborados projetos sérios de melhorias, que coloquem os interesses do país acima de qualquer coisa.

 

Correio dos Lagos - O que tem mudado nos últimos anos?


Alexandre - Muitas iniciativas aconteceram na área de transporte no Brasil nos últimos anos, especialmente na indústria Automotiva, como por  exemplo,   revistas técnicas especializadas, associações ligadas ao tema: como a ASLOG (Associação de Logística ) e o IMAM ( Instituto de movimentação e Armazenagem), dentre outras.

Na década de 90, com a abertura do mercado do país ao mundo globalizado e consequentemente o aumento do consumo interno, que o Brasil pode perceber as mudanças significativas da logística.Tivemos o surgimento do conceito de cadeia de suprimento  (Supply Chain). Surgiu uma visão global dessa integração e com isso a necessidade da tecnologia de informação. Antes, não se tinha informações suficientes para a operacionalização de um processo. Fatos esses que fizeram com que a logística hoje dentro das empresas não seja mais vista como uma fonte de custos, e sim como um forte conteúdo estratégico. Está bem claro que a empresa que possui uma logística eficiente está à frente de seus concorrentes e acredito que esse é o principal legado que o setor tem firmado ao passar dos anos. O país teve investimentos por parte do governo em infraestrutura e logística como a operação de novos portos e o aumento das áreas operacionais em aeroportos. De fato que ainda há muito para ser feito em relação à infraestrutura, como por exemplo, o acesso aos portos e melhorias nas estradas, mas estamos em um processo de evolução, porém muito lento.

 

Correio dos Lagos - Quando se fala em logística, muitas pessoas têm dúvidas de como é o trabalho. Você poderia dar exemplos da empresa em que trabalha?


Alexandre - O trabalho é muito amplo, mas o conceito básico de logística é: Transportar uma mercadoria de um ponto A ao ponto B de maneira mais rápida, viável  e econômica possível. É claro que estou sendo um pouco simplista, nesse processo existem muitas variáveis a serem consideradas. Um exemplo clássico do meu trabalho considerando a minha função dentro da empresa evidentemente seria: oferecer a uma montadora todo o serviço da  cadeira logística necessária para trazer carros, ou as peças para a montagem dos carros da Alemanha  para o Brasil por exemplo, colocando a estrutura automotiva da DHL Brasil e Alemanha à disposição  para que isso seja executado.

 

Correio dos Lagos  – Encontra mão de obra qualificada para esse setor?


Alexandre - É um pouco complicado, pois normalmente esses profissionais já estão empregados.

 

Correio dos Lagos – Esta é uma área em expansão. Como está o setor em questão de mercado no Brasil? Para os jovens que queiram ingressar nesta área existem vagas?


Alexandre - Sem dúvida é uma área que oferece muitas oportunidades, pois o país faz parte do bloco de países em crescimento e desenvolvimento juntamente com a Rússia, China e India. Entretanto sempre vale aquela máxima que diz: Para o profissional talentoso sempre há mercado  em qualquer segmento.

 

Correio dos Lagos – Quais os principais problemas encontrados no Brasil, quando se fala em logística?


Alexandre - Estamos em curso de evolução, porém precisamos avançar, há muito que crescer em termos de logística, a mesma resposta dei durante uma entrevista á uma revista internacional  especializada no setor: Estamos em ampla desvantagem no  que diz respeito à malha rodoviário, burocracia dos orgãos controladores e a péssima qualidade dos investimentos do setor público em comparação com Europa e USA e Asia, é um abismo a diferença. A iniciativa privada faz ações independentes à medida que as necessidades se apresentam e sempre que há a possibilidade, mas infelizmente não é o sufuciente.

 

Correio dos Lagos – Você atualmente trabalha em São Paulo, porém já morou um período fora do país. Como foi essa experiência e o que contribui para o seu trabalho?


Alexandre - Sim, atualmente em função do meu trabalho moro em São Paulo. Morei nos USA assim que conclui a faculdade, foi muito importante esse período lá, pois hoje em dia por exigência do meu trabalho, estou constantemente indo aos Estados Unidos, México e Europa,  pelo fato de já ter morado lá, isso tornou-se  bem mais familiar para mim. 

 

Correio dos Lagos  – Como você avalia esse setor no estado Catarinense?


Alexandre - Santa Catarina além das belas praias e a Serra, é um estado extremamente exportador com vocação para o Comércio Exterior, temos grandes empresas fornecedoras de peças. Mas ainda cabe muito espaço para crescimento, recentemente foi anunciando a construção da fabrica da BMW, que irá  produzir  três modelos: X 1 Crossover, sedan séries 1 e 3  o que irá impulsionar muito o setor no estado.

 

Correio dos Lagos – Anita Garibaldi ontem e Anita hoje. Como você avalia o município em questão de desenvolvimento?


Alexandre - Confesso que faz algum tempo que não vou até Anita, muito embora vontade não me falte e sim tempo é o meu problema. Mas fazendo um paralelo com o antes e o agora, o que diria é que: Na minha época  evidentemente era uma cidade ótima para viver, criar filhos etc, uma típica cidadezinha de interior, porém  com poucas oportunidades para os jovens e com algumas deficiências como qualquer município pobre do pais  já naquela época. Hoje em dia acredito que algumas coisas mudaram, é um outro contexto porém em relação à oportunidades para os jovens, empregos e investimentos , acredito que não tenha evoluído da forma que os cidadãos gostariam. O desenvolvimento faz parte da evolução e isso é fácil de se notar quando há desenvolvimento em lugar. De qualquer forma fico com as boas lembranças da cidade onde fui criado e das pessoas que  tenho muitas saudades.

 

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