Administração municipal cancela a 1ª Expo Anita e 8ª Festa do Migrante
Entrevista com Janerson José Delfes Furtado
Sobre o entrevistado desta semana, pode-se dizer que foi o homem que colocou o município de Cerro Negro no mapa.
Janerson José Delfes Furtado, mais conhecido por Teba, tem 42 anos é casado com Sidinéia com quem tem dois filhos, a Laís e o Luidi. Filho de Antônio Jani Furtado e Dilza das Graças Furtado, concluiu o segundo grau e sempre trabalhou com o comércio.
Sempre influenciado pelo pai, seu Jani, Teba entrou na política meio que por acaso, apesar de sempre estar envolvido com o pai nas lidas políticas, já que ele tinha sido candidato duas vezes a vice-prefeito. Se hoje Teba está na vida pública, foi graças ao pai que o ensino a gostar da política. Teba também foi o primeiro prefeito de Cerro Negro a presidir a Amures.
Correio dos Lagos - Como iniciou na vida pública?
Janerson José Delfes Furtado - Sempre atuei no comércio e como a gente via que o município não estava caminhando como era preciso o pessoal começou a cobrar que tínhamos que ajudar. Em meados de 2002 pegamos o partido e começamos a trabalhar, fazer o contato pessoal e alavancar o partido. Entrei direto como prefeito, nunca fui vereador, nem sequer presidente de bairro ainda.
Correio dos Lagos - Como foi administrar Cerro Negro por oito anos?
Teba - No começo foi difícil, sair do comércio e ir para vida pública. Eu tinha uma ideia, imaginava de uma forma e quando entrei vi que o problema era bem maior. Havia bastante débitos, máquinas sucateadas. Precisava dar uma mudada. Foi muito complicado conseguir se entrosar, ter paciência, saber avaliar as situações, mas depois foi melhorando e no meu ponto de vista fizemos mais do que aquilo que imaginávamos fazer quando entramos. Faltou alguma coisa, mas fizemos além daquilo que tínhamos em mente, e foi muito bom representar o povo durante oito anos. Foi bom ganhar a primeira eleição e a reeleição foi melhor ainda, mas eleger o sucessor é ainda melhor, pois fazer dois mandatos e fazer o sucesso é sinal que o povo aprovou. Isso demonstra que o povo enxergou que estamos no caminho certo.
Correio dos Lagos – Quais foram as dificuldades e desafios enfrentados durante esses anos?
Teba - Foram muitos, principalmente com a escassez dos recursos. Muitas vezes tinhamos que dizer não para um companheiro, para que lá na frente tudo desse certo. Este foi um desafio muito grande e às vezes na estrada acabamos perdendo muitos companheiros que não se enquadram dentro da metodologia de serviço. Muitos chegam lá com intuito de trabalhar, mas tem aqueles que vão para se beneficiar o que acaba gerando dificuldades e fazendo inimizades. Antes de entrar na vida pública nunca tive desafetos, mas depois foram surgindo e a pior parte da história é isso. Você não entra lá para ter inimizades e brigar com alguém, mas às vezes acaba ocorrendo.
Correio dos Lagos - Momentos importantes quando prefeito?
Teba - Ser presidente da Amures foi muito importante, muito bom. Cerro Negro nunca tinha tido um presidente na associação e fui o primeiro, isso marca e a gente aprendeu bastante com essa experiência. Mesmo sem ter remuneração, os caminhos se abriram e ajudou na administração. Também foi importante ver as melhorias na educação, saúde, IDH e outros índices. É muito bom sair hoje e ver as pessoas falando bem do município, não falando do Teba, mas da população inteira. Por mais que haja pessoas que não vejam assim, pra mim, quando falam bem de Cerro Negro estão falando bem de toda a população. Até então o município era o patinho feio da Amures e hoje é um município que está caminhando.
Correio dos Lagos - O Teba antes e depois da administração.
Teba - A gente aprende muito, adquire muita experiência. Há oito anos atrás eu queria fazer as coisas rápido queria que elas acontecessem da noite para o dia, e a administração pública nos ensina a ter paciência, entregar nas mãos de Deus. Fazendo a coisa certa na hora certa as coisas acontecem naturalmente. Aprendemos bastante com certeza.
Correio dos Lagos - Como você avalia Cerro Negro hoje e o que espera do município?
Teba - Uma coisa que não conseguirmos foi atrair indústrias, temos hoje a fábrica de cortinas e a própria Copercampos, que os trâmites iniciaram no meu mandato e estamos torcendo que atraia bastante empresas, acho que Cerro Negro está no caminho certo. A nossa agricultura está melhorando, a infraestrura urbana é boa e o próprio comércio está mudando, o salto no desenvolvimento não se deu só na vida pública, como também no comércio, e a gente vê as pessoas com outro ânimo e expectativas. Acredito que Cerro Negro está em boas mãos, apesar das dificuldades com arrecadações, mas tenho certeza que a Sirlei vai fazer um bom trabalho e não há ninguém mais preparado hoje para administrar o município.
Correio dos Lagos - E agora em diante, quais os projetos?
Teba - Vou me dedicar aos negócios particulares e torcer para que Cerro Negro continue crescendo. Não tenho ideia de voltar à vida pública, não vou dizer que não volte, mas nesse momento não penso nisso, pois a minha candidata a reeleição é a Sirlei e vamos torcer para que novos nomes apareçam para dar sequência. Acho que já deixei uma boa marca e está bom assim.
Correio dos Lagos - Novos desafios estão aparecendo na sua vida?
Teba - Na verdade o Padre Edilson fez um desafio e perguntou se meus mandatos tinham sido abençoados. Respondi que com certeza, então ele disse que eu não poderia dizer não ao que ele ia me convidar. Ele me convidou a fazer parte do conselho da igreja e eu aceitei acho que a igreja está precisando dar uma boa guinada, já que a paróquia foi instalada agora e está precisando de um dinamismo diferente. Vamos encarar mais este desafio que deixo bem claro que é por dois anos (brinca).
Correio dos Lagos - Algum projeto para a igreja?
Teba - Vamos reformar fazer uma igreja bonita, fazer algo bem diferente para o povo cerro-negrense.
Correio dos Lagos - Como estão os preparativos para a festa do mel?
Teba - Estamos nos organizando, em fase de encerramento, faltando alguns detalhes, provavelmente semana que vem os cartazes já estão nas ruas. Mas a festa será realizada.
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