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Entrevista com José Adil Amarante

Nossa entrevista desta semana é com o esmeraldense que deixou o município muito jovem em busca de estudos e hoje é destaque nas quadras esportivas não só do Brasil, mas de outros países como técnico de futsal.

 José Adil Amarante, tem 47 anos é filho de Ruy Ferreira do Amarante e Aldaci Terezinha de Lima Amarante. Casado com Alexandra Maria Centeio Amarante e não tem filhos. É formado em Educação Física, com pós- graduação em Ciência do Desporto e Técnico em Desporto.Adil já treinou diversos times e atualmente mora na China onde treina uma equipe do país.

 
 
Correio dos Lagos: Como surgiu o futsal em sua vida?
 José Adil Amarante: Nasci, cresci e vivi em Esmeralda até o ano de 1983, quando fui para Caxias do Sul fazer o curso de Educação Física na UCS. Naquele período, jogava futebol pelos campos do município e futsal na quadra da escola Marcírio Marques Pacheco, pois ainda não existia o ginásio municipal. Na época em que estudei em Caxias do Sul, sempre que voltava a Esmeralda jogava pelos clubes da cidade.
 
Correio dos Lagos: Quando deixou Esmeralda para estudar contou com apoio dos seus pais?
Adil: Quando decidi fazer o curso de Educação Física tive o apoio total por parte da minha família, que inclusive custeou toda a minha formação universitária, coisa que com certeza sempre lhes encheu de orgulho e que serei eternamente grato.
Correio dos Lagos: Jogou profissionalmente? Em quais times?
Adil: No ano de 1985, ainda cursava Educação Física, fui convidado pelo colega de curso Gelson Scola para ser preparador físico da equipe em que ele jogava. Iniciei minha carreira muito jovem e ainda não tinha concluído a faculdade. Por essa razão não cheguei a jogar profissionalmente. Joguei algumas competições em Caxias do Sul, mas nada sério e somente quando conseguia conciliar com o trabalho que já desenvolvia com Futsal em equipes caxienses.
 
Correio dos Lagos: Como foi o início de sua carreira como técnico?
Adil: Na sequência do trabalho, ainda como estudante em Educação Física, fui convidado por outras equipes, até quando conclui o curso e fui convidado para trabalhar na A.A. Enxuta de Caxias do Sul, que tinha iniciado um projeto profissional com futsal. Nos dois anos anteriores trabalhei na A.A. Bangu e A.A. Malharia Guerra de uma forma amadora. A partir da Enxuta que iniciei minha carreira como profissional de futsal que vem até hoje. Nesse início trabalhei como treinador de escalões menores e como preparador físico e treinador auxiliar nas equipes principais, até surgir uma oportunidade de trabalhar como treinador principal.
 
Correio dos Lagos: Passou por muitas equipes como treinador?
Adil: Durante esses anos passei por várias equipes e países. Ainda no Brasil trabalhei como treinador adjunto e professor de escolinhas de futsal. Em 1998 comecei a treinar uma equipe em Portugal e também atuei como coordenador desportista com foco nos jovens e futsal feminino. Além de passar por algumas equipes portuguesas também atuei como professor no país. Em 2008 iniciei minha experiência em treinar uma equipe no Japão e desde junho deste ano estou treinando uma equipe na China.
 
Correio dos Lagos: Como foi sua ida para o Japão?
Adil: Estava desde 1998 morando em Portugal e nesse período trabalhei em algumas equipes do País. Em 2007 estava no S.L. e Benfica e jogamos uma Taça Intercontinental em que participou o Nagoya Oceans do Japão. Eles viram o trabalho realizado no Benfica e gostaram. Em 2008 surgiu o convite para treinar o Nagoya Oceans e fiquei por lá de abril de 2008 a março de 2013.
 
Correio dos Lagos: Como foi sua adaptação num país tão diferente do Brasil?
Adil: No início a dificuldade maior foi a língua, mas depois estudando e aprendendo um pouco as coisas se tornaram mais fáceis. Viver num país de primeiro mundo e com uma cultura fantástica nunca foi problema, sempre terei saudades.
 
Correio dos Lagos: Como é a experiência de treinar um time de outro país?
Adil: Bem, desde 1998 que vivo fora do Brasil, então isso não é uma coisa nova para mim. O processo exige uma adaptação maior, como no caso do Japão e agora aqui na China. Trabalhar com interprete que dificulta um pouco o trabalho, no mais tudo tranquilo.
 
Correio dos Lagos: Quantos títulos já conquistou como treinador nesses anos?
Adil: São quase quarenta títulos, entre eles conquistando até  títulos de bi e tricampeão, como também tem outras colocações, mas todas conquistadas com muito esforço, persistência e determinação. O último título foi o de Campeão da Copa da China – Shenzhen Nanling Tielang Football Club, 2013.
 
Correio dos Lagos: Pretende permanecer na China?
Adil: Meu contrato se encerra em setembro deste ano, até lá estarei aqui.
 
Correio dos Lagos: Tem algum jogador em quem se espelhou?
Adil:  Teve um jogador na época da Enxuta, chamado Marcos Assunção Carneiro (Babau) que foi minha referência e aprendi muito com ele.
 
Correio dos Lagos - Qual sua ligação com o município de Esmeralda?
Adil: Tenho tios e primos que ainda vivem em Esmeralda e uma ligação de infância e juventude que nunca se apaga. Nesse tempo todo que vivo fora do Brasil, todos os anos volto a Esmeralda para rever meus familiares e amigos de muito longa data. Lá é a minha raiz é o meu chão.
 
Correio dos Lagos: O que acha do desenvolvimento do município de Esmeralda?
Adil: Sempre acompanhei o desenvolvimento do município e agora com a construção da pavimentação asfáltica a tendência e crescer ainda mais.
 
Correio dos Lagos: Pretende futuramente investir no esporte da sua cidade natal?
Adil: Sempre que surge oportunidades troco ideias com o Toninho e o Estevão, que trabalham com futsal no município e me coloquei à disposição deles para ajudar naquilo que estiver ao meu alcance. E num futuro, quem sabe, se retornar a viver por lá, não podemos criar um projeto interessante com futsal.
 
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