Além das preocupações com a pandemia do coronavírus, a Secretaria de Saúde do município de Anita Garibaldi, também acendeu o alerta para mortes de macacos da espécie conhecida como bugios, comum na região.

A morte de bugios chama a atenção para uma possível retomada da Febre Amarela na região, uma vez que eles não são transmissores, mas são afetados pela doença e acabam morrendo. O secretário de Saúde, Rodrigo Gehrke, esclarece a população sobre os cuidados com essa doença, a qual também pode acarretar em grandes problemas. "Tivemos informações de macacos mortos, solicitamos ao estado, kits para coleta de material para análise e não pudemos coletar devido ao estado de decomposição, por isso pedimos a população dos arredores do centro da cidade que prestem atenção se encontrarem macacos mortos, que comunique a secretaria, pois precisamos fazer coletas para encaminhar para análise. É preocupante e o macaco é nosso alerta", comenta, destacando também que precisam acompanhar essa situação e as pessoas que não são vacinadas podem ir até a Secretaria para análise, a vacina está à disposição e irão intensificar o trabalho com as agentes de saúde a partir do mês de fevereiro, quando as agentes retornam ao trabalho.

Sobre a Febre Amarela 

A Febre Amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a Febre Amarela.

Transmissão 

A transmissão ocorre através dos mosquitos em áreas urbanas ou silvestres. Sua manifestação é idêntica em ambos os casos de transmissão, pois o vírus e a evolução clínica são os mesmos - a diferença está apenas nos transmissores. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da Febre Amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da Dengue). A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a Febre Amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano. Além do homem, a infecção pelo vírus também pode acometer outros vertebrados. Os macacos podem desenvolver a Febre Amarela silvestre de forma inaparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente para infectar mosquitos. Uma pessoa não transmite a doença diretamente para outra.

Mudanças no transporte de pacientes 

Outro assunto apresentado pelo secretário de Saúde, Rodrigo Gehrke, é sobre as mudanças que ocorrem a partir do mês de fevereiro com o transporte de pacientes para realização de exames e consultas especializadas através do SUS, para a cidade de Lages. O município adquiriu uma Van com capacidade para 17 lugares e ainda tem contrato vigente com a empresa RG Turismo, para realizar viagens para Lages. A partir do mês de fevereiro serão realizadas duas viagens diárias para Lages, podendo atender mais pacientes. Um carro vai sair as 6h da manhã para as pessoas que tenham consultas no período matutino e o outro veículo irá sair as 11h para atender pacientes com consultas no período vespertino. "Essas mudanças já estávamos planejando há algum tempo, pensando sempre na qualidade do atendimento à nossa população, para que não precisem ficar o dia todo na cidade de Lages e possamos oportunizar atendimento para mais pessoas. Gostaria de pedir para as pessoas que já têm agendamento para o mês de fevereiro que entrem em contato com a Unidade de Saúde para reorganizar os horários", enfatizou o secretário.