O lançamento do livro ?O Queijo Artesanal Serrano nos Campos do Planalto das Araucárias Catarinense?, ocorreu na quinta-feira, 26 de julho, às 16h na Casa da Cultura em São Joaquim.
Mais de duzentas pessoas entre técnicos, lideranças e produtores de queijo artesanal serrano participaram do evento. A programação incluiu a apresentação do livro, composição de mesa de autoridades, coquetel com queijos e vinhos da serra e a distribuição, sem custos, de exemplares da publicação.
A publicação, organizada pelo pesquisador da Estação Experimental da Epagri de Lages, Ulisses de Arruda Córdova, e editado pela Epagri, contém as informações necessárias para a obtenção da almejada Indicação Geográfica (IG) e contempla, em seis capítulos, o complexo processo que envolve o queijo artesanal serrano desde o ambiente de produção, a área geográfica de produção, importância econômica e comercialização, o sistema de produção, a descrição do processo de fabricação, o contexto “gente e território” que fazem o queijo artesanal serrano, até as boas práticas agropecuárias e de fabricação. Quase todo o conteúdo foi obtido a campo, através de entrevistas com centenas de produtores de queijo artesanal, na maioria pequenos agricultores ou pecuaristas familiares. Os exemplares que ainda estão disponíveis podem ser adquiridos, sem custos, por produtores de queijo e lideranças que tenham interesse, nos escritórios locais da Epagri.
Na ocasião, a equipe de técnicos do Projeto Queijo Artesanal Serrano destacou a rede de parcerias e de esforços, formais ou informais, que no decorrer do tempo vem sendo tecida em torno do produto queijo artesanal serrano, sem as quais a Epagri teria grandes dificuldades para implementar o Projeto, especialmente a Udesc, através do Centro Agroveterinário; a Amures e as Prefeituras Municipais, o MDA, através do Codeter; o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Fundação de Amparo a Pesquisa de Santa Catarina (Fapesc), além da Emater-RS.
A legalização do queijo artesanal serrano não é uma aspiração somente dos produtores, mas de diversas instituições parceiras que integram o projeto, pois o alcance de suas metas certamente contribuirá para a permanência de muitas famílias serranas no meio rural. Além da questão econômica há todo um conjunto de fatores que tornam esse produto ainda mais importante, como a cultural, a histórica de mais de dois séculos e o saber-fazer que é transmitido de geração em geração.
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