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Ministério Público apresentou denúncia por feminicídio contra adolescente em Campo Belo

O MPSC apresentou denúncia contra um homem e sua irmã pelo suposto feminicídio de uma adolescente em Campo Belo do Sul. O corpo da menina de 14 anos de idade foi encontrado no dia 10 de fevereiro de 2021, dois dias após o crime, amarrado em uma árvore e coberto por folhas no interior do município, perto da casa da vítima.

A denúncia, recebida pelo Poder Judiciário, foi ajuizada pela Promotoria de Justiça de Campo Belo do Sul no final da tarde de terça-feira (22/6) e relata como teria ocorrido o crime, que além dos dois acusados teria contado também com auxílio de um adolescente de 15 anos conhecido da vítima.

Conforme apurou a investigação, o crime teria sido planejado pelo ex-namorado, inconformado com o encerramento do relacionamento que manteve entre 2018 e 2019 com a adolescente. De acordo com os autos, após o encerramento do namoro, o acusado teria agredido a menina com um soco, e passado a circular armado próximo à casa dela.

Com o telefone bloqueado pela ex-namorada, em função das seguidas e insistentes mensagens que enviava a ela, o homem teria pedido à irmã, que era amiga da vítima, para ir visitá-la no dia 8 de fevereiro e convencê-la a sair para acompanhá-la em parte do caminho de volta para casa. E assim teria sido feito.

Após as duas se separarem, o adolescente conhecido da vítima, cooptado pelo ex-namorado mediante a promessa que auxiliaria num romance com a irmã, teria abordado a menina, fazendo-a voltar parte do trajeto até um ponto com bastante vegetação, onde o acusado estaria esperando escondido. Ali ela teria sido atacada pelos dois, levada para o mato e amarrada à uma árvore, onde foi asfixiada.

O corpo de Ana Kemilli só foi encontrado dois dias depois, após buscas realizadas pelos vizinhos, ainda amarrado à árvore e ocultado por folhas da vegetação local.

Segundo o jornal Diário Catarinense, o homem ainda teria ido ao velório de Ana Kemilli, ajudado nas buscas e consolado família. O homem tinha convivência com a família, inclusive a mãe do suspeito era madrinha de Ana Kemilli.

O homem, que se encontra preso preventivamente em Lages, foi denunciado ainda por ocultação de cadáver e corrupção de menor de 18 anos. O processo em relação ao adolescente, que cumpre medida socioeducativa de internação corre em segredo de Justiça, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).


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