logo RCN

O Brasil e a econômia

 O Brasil que nós não conhecemos. O somatório das classes C ,  D e E poderia criar  uma “República Federativa “ da periferia”, cujo  poder de compra a colocaria no G20 do consumo mundial.

Impressionaram-nos os números do instituto de pesquisa Data Popular destacando que  o Brasil reúne cinco classes sociais. Se as classes C, D e F formassem um país, ele seria o oitavo em população e o 16º em consumo no mundo. Representa um contingente de l55 milhões de pessoas que vem consolidando como gigantesco exército de consumidores, alimentados pela facilidade de crédito – no ano passado eles gastaram, com produtos e serviços em geral, R$ 1,27 trilhão, só os jovens da classe C consumiram em 2013 algo em torno de R$ 129 bilhões, contra R$ 80 bilhões das classes  A e B e 19,9 bilhões da classe D. O somatório das classes C, D e E, cuja renda familiar  mensal varia de R$ 250,00 a R$ 2.344,00, poderia criar um “República Federativa da Periferia”, cujo poder de compra a colocaria no G20, do consumo mundial, ocupando a 16ª posição no ranking das nações que mais gastam. O Brasil está na sétima posição, à frente da Suíça e da Holanda.
A má distribuição e uma perversa taxação de impostos, cujos são índices são verdadeiramente alarmantes. Isso nos leva a crer que os movimentos de rua , os cara-pintadas, os black_blocs e os rolezinhos, são sinais de que o povo brasileiro começa a esboçar reações. Já imaginaram e as classes C,D e E, resolverem colocara os pingos nos is, fazendo valer seus direitos? Teríamos a repetição do que ocorreu na França em 14 de Julho de 1789, cuja Revolução é lembrada até hoje. Segundo Rui Barbosa, “quem não luta pelos  seus direitos, não é digno deles. O povo francês , enfurecido se levantou contra os poderosos, resultando na Queda da Bastilha. O povo francês não podia mais tolerar um regime em que eram tantos os privilégios e os abusos.
Qualquer semelhança com a situação brasileira é mera coincidência. É hora de acordar para a realidade.
 
Referência:
GASPARINO, João. O Brasil que nós não conhecemos. Diário Catarinense, Florianópolis, 18 de fevereiro de 2014.
 
 
Anterior

Exportações catarinenses sobem 5,7% no primeiro trimestre

Próximo

Qual o sentido da Páscoa para você?

Deixe seu comentário