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Pequenos produtores buscam seu espaço através das agroindústrias

Em Anita Garibaldi são oito produtores em diferentes segmentos que estão iniciando suas agroindústrias, através dos projetos da Amures em parceria com a Secretaria de Agricultura.

  Destes oito, três já encontra-se em processo mais adiantado, como é o caso do produtor Claudio Menegazzo, que há três anos resolveu investir na produção de salames coloniais e há dois meses está com sua agroindústria pronta, aguardando apenas o selo de inspeção, que de acordo com ele irá abrir as portas e aumentar a produção. 

Ao todo são mais de dez produtos produzidos por Claudio, a qual conta com a ajuda da esposa e mais dois funcionários. 
O produtor processa por semana cerca de 250kg de carne, que são transformados nos produtos comercializados ali mesmo em sua residência. “O pessoal vem procurar aqui e muitas vezes falta”, comenta o produtor, que sofre com a dificuldade para encontrar matéria-prima de qualidade. 
Claudio investiu cerca de R$ 55 mil na sua agroindústria que se transformou um modelo na região da Amures e servirá para futuros estudos, até mesmo da Embrapa, a qual busca locais como o de Claudio para fazer estudos e análises de qualidade e investimentos. “Produzir salame e seus derivados é vantajoso, dá trabalho, mas o lucro compensa”, enfatiza Claudio.
Outro produtor que resolveu investir na agroindústria e abrir caminhos no mercado é Valdair Barbosa Ramos, de 57 anos, mais conhecido por bolinha. Ele, juntamente com o filho Anderson, processam o leite e transformam em queijo colonial. Eles começaram há dois anos com apenas dois kg por dia, hoje a produção já chega a 10kg por dia e, de acordo com Anderson, não vencem a procura. Eles também fizeram um financiamento e investiram cerca de R$ 16 mil na construção da agroindústria para processamento do queijo e estão satisfeitos com o resultado. “Pretendemos ampliar, comprar mais vacas, melhorar o pasto. Estamos contentes”, comenta o filho que mostra orgulhoso as dependências da agroindústria e fala dos investimentos em ordenhadeira, galpão e na compra de mais vacas para aumentar a produção de leite e, consequentemente, o aumento de queijo, que já tem os compradores certos no município.
 
 
Há quarenta anos fazendo salame, também apostou na agroindústria
 
O mais antigo produtor de salames e embutidos em Anita Garibaldi também está investindo na agroindústria. Acélio Appio, sessenta anos, há quarenta trabalha nesta produção e aprendeu com o pai a fabricar salames, queijos de porco e outros derivados da carne de porco. Ele comenta da diferença de quando iniciou para agora. “Antes era produzido em quantidade, a gente trabalhava com mais pessoas, mas agora, com a criação da agroindústria, vamos ampliar e com o selo vamos entrar no mercado, abastecer o mercado de Anita e expandir para outras cidades. Nossa intenção é produzir mais de 200kg por mês”, comenta Acélio, que investiu cerca de R$ 10 mil para a implantação da agroindústria, e conta com o apoio do filho, o qual é a aposta de Acélio para dar continuidade ao trabalho que já vem de quatro gerações da família.
De acordo com o responsável pelo SIM – Serviço de Inspeção municipal, Henrique Menegazzo, as agroindústrias trarão aumento na qualidade de vida, produtos com qualidade assegurada aos consumidores, pois terão acompanhamento de órgãos fiscalizadores, como a vigilância sanitária, e poderão fazer parte na comercialização do PAA e outros programas do Governo Federal. 
Para quem quiser conhecer o projeto e obter informações é só se dirigir até a Secretaria de Agricultura e procurar a equipe do SIM, que é composta pelo engenheiro agrônomo Henrique Menegazzo, responsável pelo SIM em Anita Garibaldi, médico veterinário Rafael Vieira Paes e pelo técnico agrícola Carlos Zanotto.
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