Pescadores recebem orientação sobre a campanha 'Pesque e Ganhe'

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- Estudos sobre a piracanjuba exigem que a espécie seja entregue da forma como foi capturada
As piracanjubas capturadas no reservatório da Usina Hidrelétrica Barra Grande devem ser levadas aos técnicos da BAESA da maneira como estão, ou seja, sem que sejam retiradas as escamas e as vísceras. É que a entrega do peixe inteiro permite aos pesquisadores obter informações fundamentais sobre biometria (peso e tamanho) e também hábitos alimentares (por meio da análise de conteúdo estomacal). Essa orientação foi repassada a pescadores da região, que se comprometeram a atender à solicitação da BAESA.
A entrega da piracanjuba faz parte da campanha "Pesque e Ganhe", lançada pela BAESA no mês de fevereiro para incentivar a troca do peixe por um kit de pescaria, contendo mochila, chapéu, camisa, squezze e caixa de ferramentas. É que a empresa quer ampliar os estudos da espécie e precisa de exemplares para análises mais detalhadas. Assim, cada pescador que entregar a piracanjuba aos técnicos da BAESA recebe o kit. O primeiro deles foi entregue ao pescador amador Odilione Alves de Oliveira, morador de Anita Garibaldi.
O pescador interessado em ganhar o kit de pescaria deve entrar em contato com os técnicos da BAESA assim que capturar a piracanjuba. Os telefones são (49) 3543-5516 ou (49) 3543-5500. Ao todo, são 30 kits disponíveis.
Por ser muito sensível a mudanças no ecossistema, a piracanjuba é um importante indicador de qualidade ambiental, já que se alimenta à base de insetos, outros peixes e pequenos frutos que caem na água, o que requer a presença de mata ciliar intacta. O reaparecimento dessa espécie nativa na bacia do rio Pelotas é tão importante que BAESA e ENERCAN apoiam, conjuntamente, o Projeto Piracanjuba, um projeto P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) coordenado pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
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