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Pesquisa da Fecomércio: número de catarinenses endividados subiu
Entidade não espera aumento descontrolado da inadimplência, mas teme que vendas no crediário sejam comprometidas.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores (PEIC) de dezembro de 2013, divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC), revela que, na comparação com novembro, o número de catarinenses endividados subiu de 86,6% para 88,3%.
Ainda segundo o estudo, na comparação anual, houve elevação de 5,4 pontos percentuais e as famílias com renda superior a 10 salários mínimos estão mais endividadas em comparação com as famílias de renda inferior a 10 salários mínimos. Enquanto 91,6% das primeiras apresentam dívidas, 87,3% das segundas estão na mesma situação.
Nível de endividamento mensal caiu
O nível de endividamento das famílias mensal diminuiu. A pesquisa mostra uma queda dos muito endividados (1,4 pontos percentuais), passando de 23,3% em novembro para 21,9% em dezembro.
Na faixa dos mais ou menos endividados houve alta, passando de 42,9% para 45,1%. Quanto aos pouco endividados, passaram de 20,4% para 21,2%.
Cartão de crédito
O cartão de crédito permanece na liderança dos agentes no endividamento catarinense. Pelo menos 64,7% dos entrevistados declararam usar essa forma de pagamento nas compras. Em segundo, terceiro e quarto lugar aparecem, respectivamente, os financiamentos de carros (12,9%), os carnês (8,9%) e os financiamentos de casas (6,3%).
Contas em atraso em queda
Conforme a PEIC, a quantidade de famílias com contas em atraso apresentou queda na comparação entre novembro e dezembro. De 27,2% de famílias com contas em atraso em novembro, temos em dezembro 25,9%.
Outro dado revelado é que o tempo com contas em atraso se concentra acima dos 90 dias, representando 61,6% das famílias. O período entre 30 e 90 dias é de 15,1%. E, até 30 dias, apresenta 23,3%. Em geral, a média de tempo em dias para quitação das dívidas em atraso ficou em 68 dias, dado pior do que o apurado no mês anterior (62,6 dias).
Em um cenário geral, o nível de endividamento das famílias apresentou uma pequena deterioração. O número de famílias endividadas, as condições de pagamentos das dívidas futuras e a parcela da renda comprometida com dívidas apresentaram resultados mais elevados que o mês anterior. O número de famílias com contas em atraso superior a 90 dias atingiu seu patamar mais elevado de toda a série histórica (61,6%), antes o resultado mais elevado tinha sido em maio de 2010 (60,2%).
Para a Fecomércio SC, se o varejo vem sentindo o impacto do endividamento em seu volume de vendas, não existe risco maior de um aumento descontrolado da inadimplência, que até mesmo caiu no último mês. Ou seja, o que fica prejudicada é a capacidade das famílias efetivarem novas compras com o recurso do crédito, aprofundando o quadro de desaceleração do crescimento da economia brasileira como um todo e minimizando a aceleração das vendas trazida pelo Natal.
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