Olino Lima, mais conhecido por Lino, é o único produtor de uvas que investiu na prevenção de seus parreirais com cobertura, que evita o contato de granizo e outras intempéries da natureza.
Foram trinta anos produzindo maçã e ao mesmo tempo quase trinta variedades entre frutas e verduras. Os anos passaram e a maçã já não rendia bons frutos, tanto em qualidade quanto em retorno financeiro, o que fez com que Olino Lima (mais conhecido por Lino) com a ajuda de seu filho Ademir resolveram investir no cultivo de uvas.
Desde a implantação da nova cultura já se passaram dez anos, e hoje em 1,5 hectares produz em média 25 toneladas por safra, que são comercializadas no centro da cidade de Anita Garibaldi por seu Lino, que toda manhã encosta sua camionete na praça e fica até o entardecer, e em outras cidades por seu filho Ademir.
A família sempre viveu na comunidade de Cachoeirinha interior do município, e foi da fruticultura que ele criou os filhos e se manteve no meio rural, porém o que chama a atenção de quem visita a propriedade não é o simples cultivo da uva, mas sim as técnicas utilizadas. O parreiral de seu Lino é o único no município - e talvez na região, que tenha cobertura contra granizo. Um investimento que se fosse calcular hoje ultrapassa os R$ 100 mil, mas que valeu a pena tanto pelo esforço quanto pelo investimento declara o produtor. “Todo começo é difícil, tem os riscos, mas com persistência hoje estou colhendo os bons frutos”, enfatiza o produtor, que na época da implantação contou com o apoio do Banco do Brasil, Epagri a Secretaria Municipal de Agricultura.
Durante o ano os cuidados da propriedade ficam por conta da família, porém na época de colheita seu Lino emprega mais pessoas, gerando renda a outras famílias.
Ao chegar ao parreiral o cheiro da uva já encanta, e no olhar de seu Lino é perceptível a gratificação e a compensação do trabalho disponibilizado por anos.
Além da proteção com a cobertura por tela, seu Lino possui uma câmara fria que garante a armazenagem do produto e uma reserva para a venda posterior a safra. “A câmara fria garante que eu tenha o produto por mais tempo, consigo armazenar cerca de três toneladas”, comenta.
Outro fato interessante é a forma como ele comercializa seus produtos. Há trinta e cinco anos ele estaciona sua camionete na praça e ali permanece o dia todo, já é conhecido na cidade pela qualidade dos produtos e a forma como vende suas frutas e verduras que hoje juntando todas as variedades chegam a mais de vinte tipos. Ele recolhe impostos municipais como vendedor ambulante e contribui com o município, e durante a safra que dura aproximadamente quarenta dias à venda é de aproximadamente 800 quilos diários.
Sua propriedade com um pouco mais de sete hectares de terra é toda produtiva. O que não está sendo utilizada pelas uvas, é reflorestada com criação de gado, hortaliças e verduras, além de mata nativa, que ele faz questão de frisar que ainda reserva na propriedade.
Além dos dois parreirais ele pretende ainda ampliar mais meio hectare e continuar investindo na uva que garante um bom retorno e a venda é garantida. “Uma coisa eu aprendi durante os cursos que fiz, tem que ter persistência e produtos de qualidade, o que irá garantir bons clientes”, frisou o produtor, que leva uma vida tranquila morando com a esposa no interior do município.
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