Intensificados os preparativos para a Cavalgada da Região dos Lagos
Terapias Integrativas durante a pandemia: uma percepção sobre a ética profissional
As práticas integrativas complementares, são técnicas e ferramentas que auxiliam no bem-estar, prevenção de patologias (unindo-se ao tratamento recomendado), e redução de sintomas físicos e mentais. As práticas integrativas e complementares (PICs) já são recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), obtendo diversos estudos dos benefícios destes instrumentos terapêuticos, adaptados de forma correta e exercidos multidisciplinarmente.
Atualmente, estamos vivenciando, a pandemia ocasionada pelo o Coronavirus, onde afeta toda a população no que tange a aspectos biopsicossociais, em escalas mundiais. Além dos problemas ocasionados de ordem biológica, pessoas que foram afetadas pelo Covid, familiares das vítimas, profissionais da área da saúde, sofreram sequelas psicológicas imensuráveis, e aquelas que estão ainda vivenciando este grande infortúnio, sentem seus estados emocionais fragilizados e suas estruturas psíquicas abaladas
Os benefícios vividos e os relatos das pessoas que recorrem a estas ferramentas, são imensos, melhorando significativamente a qualidade de vida dos mesmos. Dentro desta perspectiva, podemos citar: melhora da autoestima, diminuição da fadiga, disposição mental, alivio de dores físicas, harmoniza a mente e o físico, autoconhecimento, eleva o estimulo de resiliência fazendo com que o indivíduo tenha mais facilidade na resolução dos problemas cotidianos, etc.
Existem vários tipos de terapias complementares, onde atualmente são 29 terapias contempladas na legislação brasileira e oferecidas pelo SUS. Citarei algumas delas, resumidamente, que são oferecidas por terapeutas profissionais autônomos e no sistema único de saúde, como o Reiki, terapia que utiliza a imposição de mãos com uso de símbolos (chamada de "ki" ou "chi") e que promove equilíbrio, bem-estar e relaxamento e a Yoga, prática que inclui diferentes posturas do corpo (asanas), técnicas de respiração (movimentos respiratórios conscientes chamados de pranayamas), promovendo o equilíbrio e harmonia.
Um ponto de suma importância a ser explicitado, é a maneira como as terapias integrativas vem sendo aplicadas por ¨pseudo¨ terapeutas, que fomentam a terminologia ¨cura¨ de maneira errônea, ou divulgam informações sem respaldo cientifico algum, prometendo tratamentos inexistentes e milagres utópicos. Com a intensidade de divulgações da internet, temos uma avalanche de informações e promessas que ludibriam e persuadem a mente de pessoas que necessitam de auxílio para tratar diversos problemas de ordem emocional, onde os profissionais que não respeitam as normas de aplicação e conduta deste tipo de intervenção, se apropriam das técnicas com a finalidade de ganhar dinheiro desenfreadamente, sem respeitar o quanto isso pode ser nocivo para quem permite e confia em receber as ferramentas.
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Em contrapartida, a positividade tóxica, não deve ser romantizada e nem aceita como direcionamento milagroso para as soluções da vida, pois é necessário estar atento ao que de fato, é realidade, aceitando os problemas dos quais vivenciamos, e buscar alternativas que não sejam baseadas em atos utópicos e fictícios para a solução de problemas.
O terapeuta integrativo, tem uma responsabilidade imensurável em suas mãos, pois tem o contato direto com o ser humano, e deve ter ética profissional, sendo cauteloso ao divulgar seus serviços nas mídias sociais, onde temos essa hiperconectividade expansiva que atinge as massas com sua abrangência. Além disso, no momento do atendimento, também é importante seguir as regras profissionais, como por exemplo, aplicar corretamente anamnese, explicar detalhadamente o procedimento a ser aplicado, manter a clareza sobre determinados resultados, como deve-se proceder tal pratica terapêutica aliada a outras áreas, elencando com a multidisciplinaridade, observar prudentemente as patologias e comorbidades que o indivíduo possa ter, dentre muitas outras características que contribui para um atendimento correto.
Sobre essas concepções enfatizadas, deixo explicitado que não são condescendências ou presunções quando afirmo que a ética profissional deve ser seguida cautelosamente, e o respeito com o humano, sobrepuja quaisquer atos para ganhos financeiros ou elevações de ego, pois é de suma importância o olhar minucioso e a atenciosidade quando alguém confia nos seus serviços, favorecendo consequentemente, o respeito mútuo a estes profissionais que são tão necessários para diversos aspectos de nossas vidas.
Nay Fava, Personal Trainer. Terapeuta Integrativa e YogaTeacher.
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