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Uma mulher de coragem

 O amor e a solidariedade não entram nas estatísticas nem nos cálculos econômicos. Mas são eles que mais buscamos e que  podem nos salvar.

Em janeiro, recordamos o falecimento da Dra. Zilda Arns Neumann.
Zilda viveu para defender e promover as crianças, gestantes e idosos, construir uma sociedade mais justa, fraterna, com menos doenças e sofrimento humano.
Deixou sua marca na história do Brasil ao fundar e coordenar a Pastoral da Criança e da Pessoa Idosa. Em suas manifestações costumava dizer: “Há muito o que fazer, porque a desigualdade social é grande. Os esforços que estão sendo feitos precisam ser valorizados para que gerem ainda outros maiores”. 
Morreu tragicamente no terremoto que devastou o Haiti no dia l2 de janeiro de 2010, logo após fazer uma palestra. Faleceu no meio dos pobres, a quem tanto amou e dedicou a vida. Martírio pelo povo sofrido do Haiti, testemunha da fé e do amor. Fazendo o que sempre falou: congregar mais pessoas para se unirem na busca de “vida em abundância” para crianças; gestantes e idosos.
Em seu trabalho, sempre aliou o conhecimento científico à cultural; valorizou o papel da mulher na transformação social, mobilizou a todos. Pobres e ricos, analfabetos e doutores,na busca da vida plena.
Zilda fazia questão de aliar o amor à sabedoria para que estivéssemos sempre no rumo correto na Pastoral da Criança. O amor e a solidariedade não entram nas estatísticas nem nos cálculos econômicos. Mas são eles que mais buscamos e que podem nos salvar.
Afirmou : “Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe dos predadores, das ameaças e dos perigos e mais perto de Deus, devemos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los”. A ela, nosso carinho e eterna gratidão.
 
Referência:
CIZESKI, Maristela. Uma mulher de coragem. Diário Catarinense. Florianópolis, 14 de janeiro de 2013.
 
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